Ritmo de caminhada diminui risco de diabetes, alerta estudo
Entenda os motivos encontrados em pesquisa que reuniu especialistas de diversos países
Um estudo global dedicado à prevenção do diabetes descobriu que caminhar mais rápido pode diminuir o risco de diabetes tipo 2. Embora se saiba que a atividade física está associada a um menor risco de desenvolvimento da doença, a pesquisa buscava descobrir a velocidade ideal de caminhada.
Para isso, a equipe que reuniu investigadores do Imperial College London, da Universidade de Ciências Médicas do Irão e do Oslo New University College, na Noruega, analisou 10 estudos publicados entre 1999 e 2022. Ao todo, um total de 508.121 pacientes adultos de todo o Reino Unido, Japão e EUA foram incluídos.
“Embora as estratégias atuais para aumentar o tempo total de caminhada sejam benéficas, também pode ser razoável encorajar as pessoas a caminhar em velocidades mais rápidas para aumentar ainda mais os benefícios da caminhada para a saúde”, destaca texto publicado pelo comitê organizador do experimento.
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Além disso, os investigadores reconheceram que as pessoas com uma velocidade de caminhada mais rápida têm maior probabilidade de estar em melhor forma, com maior massa muscular e melhor saúde geral.
Caminhada diminui o risco de diabetes
Considerada um importante indicador da saúde geral e um indicador-chave da capacidade funcional, a velocidade da caminhada está associada a melhor aptidão cardiorrespiratória e força muscular, ambas ligadas ao risco de diabetes – e uma caminhada rápida é boa para a perda de peso, o que ajuda a melhorar a sensibilidade à insulina.
Apesar das evidências iniciais, os pesquisadores avaliam que mais pesquisas são necessárias para confirmar em que medida acelerar o ritmo aumenta os efeitos positivos para a redução do risco de desenvolver diabetes tipo 2.
O que é o diabetes?
O diabetes é uma doença metabólica crónica caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue (ou açúcar no sangue). O tipo 2 é o mais comum, que ocorre quando o corpo se torna resistente à insulina ou não produz insulina suficiente.
A doença é uma das principais causas de cegueira, insuficiência renal, ataques cardíacos, acidente vascular cerebral (AVC) e amputação de membros inferiores.
Sintomas do Diabetes Tipo 2:
- Fome frequente;
- Sede constante;
- Formigamento nos pés e mãos;
- Vontade de urinar diversas vezes;
- Infecções frequentes na bexiga, rins e pele;
- Feridas que demoram para cicatrizar;
- Visão embaçada.
Diagnóstico
Com uma gotinha de sangue e três minutos de espera, já é possível saber se há alguma alteração na taxa de glicemia. Caso a alteração seja considerável, é necessária a realização de outros exames, mais aprofundados.
Para ter certeza do resultado e assim começar o tratamento, o médico deve solicitar o teste oral de tolerância à glicose, mais conhecido como Curva Glicêmica.
O exame é feito em diversas etapas, em que são coletadas amostras de sangue em um tempo determinado, geralmente de 30 em 30 minutos. Nos intervalos, o paciente deve ingerir um xarope de glicose. Os resultados são dispostos apresentados em um gráfico e permitem o diagnóstico preciso.