Saiba como reconhecer um ataque de pânico
Entenda os sinais e sintomas do transtorno do pânico e saiba quando buscar ajuda para evitar que os ataques interfiram na sua vida
O transtorno do pânico é uma condição de saúde mental marcada por ataques de pânico recorrentes e inesperados. Esses ataques podem surgir a qualquer momento, sem estarem ligados a situações específicas ou gatilhos evidentes.
Quando ocorrem, os ataques de pânico trazem uma sensação esmagadora de medo, acompanhada de uma intensa sensação de perda de controle, irrealidade, ansiedade extrema e, frequentemente, uma sensação iminente de morte.
O que acontece durante um ataque de pânico?
Os sintomas de um ataque de pânico podem ser tanto físicos quanto psicológicos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Do lado físico, os sinais comuns incluem uma frequência cardíaca acelerada, dores no peito, dificuldade para respirar, sensação de formigamento nos dedos das mãos ou dos pés, dificuldades para engolir, tremores, suores, rubor, tontura, náuseas e dormência.
Psicologicamente, o indivíduo pode sentir um medo intenso de perder o controle ou morrer, dificuldade de concentração e estar constantemente nervoso.
Esses ataques não só são extremamente desconfortáveis como também podem ter um impacto significativo na vida cotidiana da pessoa, fazendo com que ela evite situações em que teme que um novo ataque possa ocorrer.
Quando procurar ajuda?
Se os ataques de pânico se tornarem frequentes ou interferirem de forma significativa na vida diária, é essencial buscar ajuda profissional.
Por exemplo, se esses episódios estiverem afetando o desempenho no trabalho, nas relações pessoais ou impedindo a realização de atividades normais, é hora de procurar orientação de um profissional de saúde mental.
Além disso, se você estiver tendo um ataque de pânico pela primeira vez e não tiver certeza do que está acontecendo, é crucial procurar ajuda médica.
Confunda sintomas como dor no peito, falta de ar e tontura com condições médicas graves, como ataque cardíaco, e avalie-os para descartar outros problemas de saúde.
Abordagens terapêuticas para o transtorno do pânico
Existem várias formas de tratar o transtorno do pânico, e a escolha do tratamento dependerá da gravidade e frequência dos ataques. Uma das abordagens mais eficazes é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC).
Essa técnica ajuda os pacientes a identificar e alterar pensamentos negativos que alimentam os ataques de pânico, ao mesmo tempo em que ensina técnicas de enfrentamento e relaxamento para lidar com os sintomas durante um ataque.
A terapia de exposição também é uma ferramenta importante, onde o paciente é gradualmente exposto às situações que desencadeiam os ataques.
Com o tempo, essa abordagem ajuda a diminuir o medo associado a essas situações, reduzindo tanto a frequência quanto a intensidade dos ataques.
Medicamentos e práticas complementares
Práticas como mindfulness e meditação também podem ser úteis no controle do transtorno do pânico. Essas técnicas ajudam o indivíduo a permanecer no presente, reduzindo a ansiedade e o risco de novos ataques.
A meditação e a respiração profunda, por exemplo, são formas eficazes de acalmar a mente e o corpo.
Quando necessário, os médicos podem prescrever medicamentos para ajudar no controle dos sintomas.
Antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), e ansiolíticos, como os benzodiazepínicos, são opções comuns.
No entanto, é importante destacar que os benzodiazepínicos não são recomendados para uso prolongado devido ao risco de dependência.
Enfrentando o transtorno do pânico
O transtorno do pânico é uma condição que pode ser debilitante, mas com o tratamento adequado, é possível gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Seja através de terapia, práticas de autocuidado ou medicação, buscar ajuda é o primeiro passo para retomar o controle sobre a sua vida.