Sinais de alerta do câncer de colo de útero, o 3º mais comum em mulheres
Segundo o Inca, a cada ano, são estimados mais de 17 mil novos casos de câncer de colo de útero; veja os riscos
O câncer de colo de útero, também conhecido como câncer cervical, é o 3º tipo mais comum entre as mulheres no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de mama e do colorretal, conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
O tipo de câncer é causado pela infecção persistente pelo HPV, o Papilomavírus Humano. A infecção pelo HPV é comum e na maior parte dos casos não provoca o câncer cervical. No entanto, alterações celulares podem evoluir para o câncer.
Quais os sinais de alerta do câncer de colo de útero?
Há vários riscos do câncer de colo do útero, incluindo o início precoce da atividade sexual, ter múltiplos parceiros, tabagismo e uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.
Em sua fase inicial, o câncer do colo do útero pode não apresentar sintomas. Nos casos mais avançados, pode haver:
- dor abdominal associada a incômodo urinário ou intestinal;
- um corrimento vaginal incomum, como uma cor diferente do normal ou um mau cheiro;
- dor durante a relação sexual;
- sangramento durante ou após a relação sexual;
- sangramento fora do ciclo menstrual ou após a menopausa;
- dor pélvica inexplicável.
Os sintomas do câncer cervical avançado podem incluir ainda pernas inchadas devido ao acúmulo de líquido linfático e dor ao urinar ou evacuar.
Como é o diagnóstico e tratamento?
Para o diagnóstico, uma série de testes acabam realizados, incluindo o Papanicolau. Via exame clínico, o médico pode avaliar as estruturas da vagina, colo de útero, ovários e reto.
Após o diagnóstico, o tratamento acaba definido de forma personalizada, considerando as características do tumor e da paciente.
Os procedimentos podem incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia. O tipo de tratamento depende do progresso da doença, do tamanho do tumor e de questões pessoais, como a idade da paciente e o desejo de ter ou não filhos.
Como prevenir a doença?
A prevenção do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV, cuja transmissão é via relações sexuais.
Para a prevenção, a vacinação em massa com a vacina contra o HPV tem tido grande impacto. O Ministério da Saúde disponibiliza a vacina pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas e meninos de 9 a 14 anos e para mulheres e homens de 15 a 45 anos vivendo com HIV/Aids, transplantados e pacientes oncológicos.
A conscientização sobre o risco e a importância da prevenção do câncer do colo do útero são essenciais para frear a incidência desta doença, reduzindo assim, o número de mulheres afetadas.
Médicos recomendam que as mulheres mantenham seus exames preventivos em dia, além, é claro, da vacinação em massa contra o HPV.