Sinais de Alzheimer que podem surgir no estágio inicial

Reconheça os primeiros sinais do Alzheimer e saiba como agir para um diagnóstico precoce e tratamento eficaz.

03/08/2024 10:03

A maioria das pessoas ainda desconhece quais mudanças podem realmente indicar o início da doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência.

Embora não exista uma cura, os tratamentos disponíveis podem retardar a progressão da doença. Por isso, é importante obter um diagnóstico o mais cedo possível para iniciar o tratamento.

Segundo Alzheimer’s Disease International, no Brasil, aproximadamente 1,2 milhão de pessoas vivem com demência, com 100 mil novos casos diagnosticados anualmente. Globalmente, esse número chega a 50 milhões, destacando a necessidade de maior conscientização e diagnóstico precoce.

Sinais de Alzheimer que podem surgir no estágio inicial
Sinais de Alzheimer que podem surgir no estágio inicial

Sintomas iniciais no estágio leve

No estágio inicial, alguns sintomas começam a se manifestar. Entre os sinais mais evidentes estão a confusão, dificuldade de memória, esquecimentos frequentes, mudanças de humor e problemas na fala. Esses sintomas são decorrentes da perda gradual das funções cerebrais.

O que acontece no cérebro com o Alzheimer?

No Alzheimer, ocorre a destruição das células nervosas e das conexões entre elas (sinapses). Com o tempo, essa destruição causa a deterioração das funções cerebrais e o encolhimento do órgão.

Depósitos típicos no cérebro, como fragmentos de proteínas que se aglomeram entre as células nervosas formando as chamadas placas (beta-amiloide), dificultam a transmissão dos sinais entre as células.

Além disso, feixes semelhantes a fios de outra proteína (tau) também estão presentes nas células nervosas que estão morrendo.

Os primeiros sinais do Alzheimer incluem confusão e dificuldade de memória, afetando a vida diária.
Os primeiros sinais do Alzheimer incluem confusão e dificuldade de memória, afetando a vida diária.

Principais sinais de Alzheimer

  • Perda de memória

O primeiro impacto da doença geralmente é na área do cérebro que controla a memória e a fala.

Lapsos de memória que afetam a vida diária, como esquecer eventos ou informações recentemente aprendidas, e dificuldades para lembrar nomes e palavras durante conversas, são comuns.

À medida que a doença progride, memórias mais antigas e até mesmo rostos familiares podem ser esquecidos.

  • Confusão com tempo e espaço

A desorientação em relação ao tempo e ao espaço é outro sinal clássico do Alzheimer. Indivíduos podem ter dificuldades para lembrar datas ou entender onde estão, o que pode causar grande confusão e desorientação.

  • Dificuldade de planejamento e resolução de problemas

Com a progressão da doença, a capacidade de planejar e resolver problemas se deteriora. Isso pode se manifestar em dificuldades para gerenciar tarefas cotidianas, como pagar contas ou seguir uma receita de cozinha.

  • Dificuldade na fala

A comunicação pode se tornar desafiadora para pessoas com Alzheimer. Muitos têm dificuldade em acompanhar uma conversa, usar palavras inadequadas ou perdem o fio da meada. A repetição frequente de palavras ou frases também é um sinal de alerta.

  • Mudanças na personalidade e no comportamento

Alterações significativas de humor e personalidade são comuns. Indivíduos podem sentir desconforto em ambientes desconhecidos, desconfiança repentina, comportamento agressivo, sentimentos de desamparo, tristeza e inquietação, sem razão aparente.

Mudanças no cérebro causadas pelo Alzheimer podem ser identificadas precocemente com o conhecimento dos sintomas e fatores de risco.
Mudanças no cérebro causadas pelo Alzheimer podem ser identificadas precocemente com o conhecimento dos sintomas e fatores de risco.

Fatores de risco para o Alzheimer

  • Envelhecimento

O envelhecimento é um dos principais fatores de risco para a doença de Alzheimer. Alterações no cérebro associadas ao envelhecimento aumentam o risco de desenvolvimento da doença. Após os 65 anos, o número de pessoas com Alzheimer duplica a cada cinco anos, conforme dados da OMS.

  • Histórico familiar e genética

Ter parentes de primeiro grau diagnosticados com Alzheimer aumenta a probabilidade de desenvolver a doença. Além disso, a presença do gene APOE-e4 é um fator genético significativo que contribui para o risco.

  • Estilo de Vida

Hábitos de vida como sedentarismo, má alimentação e tabagismo podem aumentar o risco de Alzheimer. Um estilo de vida saudável, incluindo exercício regular e uma dieta equilibrada, pode ajudar a reduzir esse risco.

  • Condições Médicas

Condições como hipertensão, diabetes e colesterol alto estão associadas ao desenvolvimento de Alzheimer. Manter essas condições sob controle é crucial para minimizar o risco.

  • Lesões cerebrais e nível educacional

Lesões cerebrais traumáticas e um baixo nível educacional, que pode refletir uma menor reserva cognitiva, também são considerados fatores de risco. A educação e a estimulação cognitiva ao longo da vida podem ajudar a aumentar a reserva cognitiva e a resistência ao declínio cognitivo.