Sinais de autismo? Identifique o que pode indicar o transtorno
Conheça o transtorno do espectro autista (TEA) segundo a OMS e entenda como ele influencia o comportamento social, a comunicação e a linguagem ao longo da
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o transtorno do espectro autista (TEA) como um conjunto de condições que afetam o comportamento social, a comunicação e a linguagem. O autismo é uma condição que apresenta sinais e características identificáveis desde a infância, e que podem persistir até a adolescência e idade adulta.
Embora algumas pessoas com autismo sejam capazes de viver de forma independente, outras podem apresentar deficiências mais severas e necessitar de apoio ao longo de toda a vida.
Como identificar o autismo?
Diagnosticar o transtorno do espectro do autismo (TEA) pode representar um desafio, uma vez que não há testes médicos específicos, como exames de sangue. Os médicos se baseiam no histórico de desenvolvimento e no comportamento da criança para realizar o diagnóstico.
Embora o autismo possa ser identificado nos primeiros anos de vida, muitas pessoas só recebem um diagnóstico na fase adulta.
É importante destacar que os traços do autismo nem sempre são evidentes, especialmente quando se trata de autismo de alto funcionamento ou Transtorno de Asperger, também conhecido como TEA de Nível 1 ou grau leve.
A seguir, são apresentados alguns sinais comuns de autismo em adultos, porém é importante ressaltar que, embora possam compartilhar desafios semelhantes, cada pessoa autista é única.
Pessoas autistas podem apresentar os seguintes sinais:
Hipersensibilidade a sons, cheiros e texturas: Elas tendem a prestar muita atenção em sons baixos ou contínuos, como o ruído do ar-condicionado, por exemplo, que passam despercebidos para outras pessoas. Também são mais sensíveis a cheiros e texturas, podendo reagir de forma intensa a certos alimentos ou tecidos de roupas.
Grande interesse em certos assuntos ou atividades: É comum que os autistas tenham interesses intensos e sejam extremamente focados em um assunto específico, como música, jogos, tecnologia ou personagens. Isso é conhecido como hiperfoco e geralmente se manifesta desde a infância.
Melhor desempenho em atividades individuais do que em equipe: Devido às dificuldades na interação social, muitos autistas preferem trabalhar sozinhos na maior parte do tempo, inclusive no ambiente profissional. Essa preferência pelo isolamento não significa necessariamente que não sintam solidão, mas sim que funcionam melhor dessa maneira. Adultos autistas também precisam de tempo sozinhos, sem serem interrompidos por outras pessoas.
Apego a rotinas: Autistas são bastante apegados a rotinas. Eles gostam de seguir a mesma sequência ao se arrumar para o trabalho, percorrer os mesmos caminhos e comer as mesmas coisas no café da manhã.
Dificuldade em habilidades sociais: Geralmente, pessoas autistas possuem um círculo social limitado e tendem a evitar participar de reuniões em grupo, ficando muito ansiosas nessas situações. Sentem-se sobrecarregadas quando expostas a longos períodos de interações sociais e estímulos sensoriais. Essas experiências costumam ser emocionalmente desgastantes e exaustivas para elas.
Dificuldade em perceber nuances na entonação da fala de outras pessoas: Autistas tendem a interpretar as palavras de forma literal e têm dificuldade em compreender ironias ou piadas com duplo sentido. Além disso, costumam ter dificuldade em compreender a comunicação não verbal, como gestos, linguagem corporal e expressões faciais.
Evitação do contato visual: Para alguns autistas, olhar nos olhos das outras pessoas pode ser desconfortável e cansativo.
Sinceridade exagerada: Pessoas autistas costumam ser muito sinceras e literais, encontrando dificuldade em esconder seus pensamentos.
Dificuldade em expressar adequadamente as emoções: Tendem a ter dificuldade em demonstrar ou receber afeto de forma natural. Isso não significa que não tenham afeto, preferências, interesses ou vínculos, apenas possuem limitações. Também costumam ter dificuldade em expressar seus próprios sentimentos.