Sinal que pode prever risco de demência até 10 anos antes, segundo estudo
A descoberta do estudo, que envolveu 1.500 participantes, pode ser importante para o diagnóstico precoce da condição
Um estudo, publicado no periódico científico The Journal of the Alzheimer’s Association, apresenta uma descoberta que pode revolucionar a maneira de detectar a demência.
Os pesquisadores identificaram que o estreitamento de uma faixa de tecido cerebral, a substância cinzenta cortical, pode indicar o risco de demência até uma década antes do surgimento dos primeiros sintomas.
Os sintomas de demência incluem perda de memória, problemas na fala e na escrita e dificuldade de compreender informações.
- Liverpool x Leicester: aproveite a odd 4.00 para Salah marcar primeiro
- Ande esta quantidade de passos por dia e diminua o risco de morte precoce
- Exposição ‘Presépios de Hilda Breda’ está disponível até 11/01 em São Bernardo
- 5 praias baratas no Sudeste para curtir com pouco dinheiro
Como foi feita a pesquisa?
Conduzido pelo Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, o estudo envolveu mais de 1.500 participantes.
Com uma média de idade entre 70 e 74 anos, todos os participantes foram submetidos a um exame de ressonância magnética no cérebro.
Os pesquisadores examinaram imagens de ressonância magnética cerebral feitas uma década antes, e buscaram padrões que pudessem distinguir, de forma confiável, as pessoas que desenvolveram demência daquelas que não desenvolveram.
Os resultados do estudo
Os resultados mostraram que as camadas mais finas da substância cinzenta cortical estavam associadas ao declínio cognitivo e ao desenvolvimento de demência.
Por outro lado, as camadas mais espessas apresentaram resultados mais positivos nos exames de ressonância magnética.
A descoberta é importante porque, se confirmada por estudos posteriores, poderá permitir a identificação precoce de pessoas com risco elevado de desenvolver demência.
A identificação de sinais antecipados da doença poderá propiciar intervenções terapêuticas e mudanças no estilo de vida mais efetivas para retardar a progressão da doença.
“Embora sejam necessários mais estudos para validar este biomarcador, começamos bem”, disse Claudia Satizabal, principal autora do estudo.
Implicações da descoberta
De acordo com Satizabal, as descobertas também poderiam ajudar a reduzir custos futuros de ensaios clínicos, selecionando previamente participantes que ainda não desenvolveram a demência, mas que apresentam o risco, considerando o biomarcador de afinamento da substância cinzenta, para tais estudos.
O próximo passo, ainda segundo a autora, é identificar quais fatores podem contribuir para o afinamento da substância cinzenta cortical. Ela acredita que alguns elementos associados podem incluir hábitos alimentares, exposição a poluentes ambientais, riscos cardiovasculares e genética.
Na conclusão da pesquisa, os pesquisadores acreditam que a espessura da matéria cinzenta não acaba geneticamente determinada, abrindo a possibilidade de influenciá-la através de modificações na dieta e exercícios físicos.