Estes são os sintomas que caracterizam a Síndrome do Intestino Irritável (SII)
Descobrir a SII costuma ser um processo investigativo demorado. Por isso, confira algumas dicas sobre o assunto
A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é como um intruso silencioso que afeta o trato digestivo e desencadeia uma sinfonia de sintomas desconfortáveis.
Entre as queixas mais comuns estão náuseas, dores abdominais, excesso de gases, inchaço persistente, flatulência, diarreia ou constipação, presença de muco nas fezes e aquela sensação frustrante de não ter esvaziado completamente o intestino após ir ao banheiro.
O longo caminho até o diagnóstico
Descobrir a SII costuma ser um processo investigativo demorado. Isso porque outras condições com sintomas similares precisam ser excluídas antes de chegar ao veredito. Infecções recorrentes, intolerâncias alimentares (como à lactose ou frutose), alergias, doenças inflamatórias intestinais como Crohn e colite ulcerosa, e até tumores no trato digestivo ou nos ovários são alguns “suspeitos” que devem ser descartados ao longo da jornada diagnóstica.
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O mistério das causas em torno da Síndrome do Intestino Irritável
As origens da SII ainda são um enigma. Conforme a Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia, acredita-se que uma hipersensibilidade visceral esteja no epicentro do problema. Esse “alarme exagerado” no sistema digestivo pode ser potencializado por alimentos específicos, transformando o cotidiano do paciente em um verdadeiro teste de resistência.
Mas não são apenas os alimentos que mexem com o intestino. As emoções também desempenham um papel significativo. Estresse, ansiedade e outros desequilíbrios emocionais atuam como gatilhos, muitas vezes intensificando os sintomas. Afinal, o intestino é considerado nosso “segundo cérebro” por uma razão: ele reflete, sente e responde aos nossos estados emocionais.
FODMAP: Um alívio possível através da dieta
Quando o estresse parece impossível de eliminar e os sintomas persistem, a solução pode estar no prato. Uma dieta especializada, conhecida como baixo FODMAP, vem ganhando destaque por sua eficácia em acalmar os intestinos mais “temperamentais”.
Mas, afinal, o que são FODMAPs?
O termo FODMAP é a sigla para:
Fermentable (fermentáveis)
Oligosaccharides (oligossacarídeos)
Disaccharides (dissacarídeos)
Monosaccharides (monossacarídeos)
And Polyols (polióis)
Esses nomes complicados referem-se a carboidratos de rápida fermentação, presentes em alimentos como pães (principalmente os feitos com trigo), doces, laticínios, frutas com caroço, vegetais como repolho e produtos industrializados adoçados com polióis.
Como funciona a dieta de baixo FODMAP?
A dieta é dividida em fases estratégicas. Durante as primeiras semanas, os alimentos ricos em FODMAPs são drasticamente eliminados. Para muitos pacientes, os resultados surgem rapidamente: sintomas como inchaço e dores podem diminuir ou até desaparecer.
Porém, essa abordagem deve ser seguida com acompanhamento médico. A reintrodução gradual dos alimentos ocorre após 4 a 8 semanas. Nessa etapa, um diário alimentar é essencial: cada alimento consumido deve ser registrado junto com as reações que ele provoca. Esse mapeamento ajuda a identificar os “vilões” individuais e a personalizar a dieta conforme as necessidades do intestino de cada pessoa.
Equilíbrio é a palavra-chave: A dieta FODMAP, aliada ao controle emocional, pode devolver a qualidade de vida aos pacientes. O intestino pode ser exigente, mas com paciência, ajustes e orientação adequada, é possível encontrar harmonia entre prato e bem-estar.
Outras dicas de saúde na Catraca Livre:
Cuidar da alimentação é a melhor receita para uma vida saudável. A nova recomendação alimentar da Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece diretrizes sobre a ingestão de carboidratos e gorduras, ajustadas conforme a idade.
Para a ingestão total de gorduras, o limite permanece em até 30% das calorias diárias consumidas.
A partir dos 2 anos de idade, é importante dar preferência às gorduras insaturadas, encontradas em alimentos de origem vegetal, como azeite, abacate, nozes e similares. Saiba o que define uma dieta saudável, de acordo com a OMS.