Síndrome rara faz estudante de medicina ter que amputar braço

Asmática, diagnosticada com síndrome rara e estudante de medicina: a inspiradora historia de Bárbara Maia

No início de maio, a vida da estudante de medicina Bárbara Maia, 27 anos, mudou radicalmente. A jovem de Belo Horizonte procurou o hospital devido a uma crise de asma, mas saiu de lá após 36 dias com um braço amputado e o diagnóstico de uma rara doença autoimune, a síndrome antifosfolípide (SAF).

Síndrome rara faz estudante de medicina ter que amputar braço
Créditos: Arquivo pessoal
Síndrome rara faz estudante de medicina ter que amputar braço

Síndrome rara faz estudante de medicina ter que amputar braço

A SAF, também conhecida como “síndrome do sangue grosso”, manifestou-se agressivamente no organismo de Bárbara, atingindo seu pulmão, o braço direito, e a cabeça.

Bárbara se preparava para iniciar o período de internato no curso de medicina quando sua vida sofreu essa reviravolta.

Como foi o caso de Bárbara?

A jovem, que possuía um diagnóstico prévio de asma, acreditou inicialmente que os sintomas de falta de ar que estava sentindo estivessem relacionados a essa doença.

No entanto, medicamentos usuais não surtiram os efeitos desejados. Posteriormente, após ser hospitalizada, Bárbara sofreu dois Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs), precisou passar por uma traqueostomia e teve um braço amputado.

A síndrome antifosfolípide é comum?

A SAF é uma patologia autoimune considerada rara, e mais comumente acomete mulheres. Helena Visnadi, hematologista do Hospital São Luiz Anália Franco, explica que o diagnóstico da doença costuma ser complexo e frequentemente é identificado após o surgimento de complicações.

Durante o período de internação, Bárbara chegou a passar por falência renal e uma hemorragia intestinal, necessitando receber 13 bolsas de sangue.

Como é o diagnóstico da SAF?

O procedimento para diagnóstico da SAF normalmente se inicia a partir de um segundo episódio de trombose.

Importante destacar que um único episódio de trombose não é suficiente para iniciar a suspeição de SAF, e que estes eventos não devem ser desencadeados por fatores como cirurgias ou imobilizações, como ocorre quando uma perna é engessada por exemplo.

De acordo com Visnadi, quando um teste para SAF tem resultado positivo, essa análise é refeita após seis semanas para confirmar o diagnóstico.

Os desdobramentos do caso de Bárbara

Pela gravidade do quadro de Bárbara, essa situação pode ser caracterizada como uma SAF catastrófica. No entanto, mesmo com a patologia severa e as perdas sofridas, a jovem segue sua luta, conscientizando pessoas sobre essa doença pouco conhecida.