Saiba qual sintoma da covid atinge dois terços dos infectados

Especialistas alertam para o risco de as pessoas ignorarem o sinal e não realizarem testes

A febre e a perda de olfato e paladar eram os sinais mais comuns da covid-19 no início da pandemia, porém esses sintomas mudaram significativamente nos últimos tempos. O aplicativo ZOE COVID, que monitora a doença desde o início, indicou que um sintoma predominante atinge dois terços dos infectados atualmente.

De acordo com o levantamento feito pelos pesquisadores do app, a dor de garganta agora é um indicativo forte da doença.

Pesquisadores apontam para sintoma predominante da covid atualmente
Créditos: geargodz/istock
Pesquisadores apontam para sintoma predominante da covid atualmente

“Muitas pessoas ainda estão usando as diretrizes do governo sobre os sintomas que estão errados”, alertou o professor Tim Spector, cofundador do aplicativo ZOE COVID.

“Os casos agora começam com uma dor de garganta, febre e perda de olfato são realmente raras agora, então muitos idosos podem não pensar que têm covid. Eles diriam que é um resfriado e não seriam testados”, afirmou em entrevista ao jornal britânico The Independent.

Além da dor de garganta, outros sintomas notáveis incluem febre, fadiga, tosse, dores no corpo, nariz entupido ou escorrendo, dor nas articulações, problemas gastrointestinais.

Escape das vacinas

A análise dos pesquisadores do ZOE COVID é divulgada em um momento em que os primeiros dados revelam que novas subvariantes da Ômicron estão se tornando imunoevasivas, ou seja, reduzem ainda mais o efeito protetor da vacinação contra a infecção.

Segundo especialistas, o vírus está evoluindo em torno da imunidade que foi construída por meio de vacinas e inúmeras infecções que as pessoas tiveram.

“A maior preocupação que estamos vendo é que, nos primeiros dados, essas variantes estão começando a causar um ligeiro aumento nas infecções. De certa forma, isso era esperado, mas demonstra que ainda não estamos fora de perigo. com este vírus, infelizmente”, disse o professor Lawrence Young, virologista da Universidade de Warwick ao jornal The Independent.