Sintomas da covid-19 se diferem entre mulheres e homens, diz estudo

A falta de ar, por exemplo, é muito mais frequentemente apresentada por homens que por mulheres; veja outras diferenças

Um estudo do King’s College London revelou que homens e mulheres apresentam sintomas diferentes da covid-19. Os homens sofrem mais fadiga, calafrios e febre após serem infectados pelo novo coronavírus, enquanto que as mulheres são mais propensas a ter tosse persistente e dor abdominal.

A pesquisa foi feita baseada em dados de 38.000 adultos infectados que tiveram seus dados cadastrados no aplicativo Zoe Symptom Study. Os resultados do levantamento foram publicados na revista científica Lancet Digital Health.

No geral, a equipe de pesquisa examinou 18 sintomas diferentes associados à covid-19. A falta de ar, sintoma bem característico da doença, foi apresentada muito mais entre os homens. Já as mulheres tiveram mais frequentemente perda de olfato e dor no peito.

Estudo revela que homens e mulheres apresentam sintomas diferentes da covid-19
Créditos: Marilyn Nieves/istock
Estudo revela que homens e mulheres apresentam sintomas diferentes da covid-19

Outro dado interessante revelado pelo estudo é que os sintomas mudam conforme a idade. As pessoas com mais de 60 anos têm maior probabilidade de apresentar diarreia, enquanto a perda de olfato entre elas é menos comum.

Para o estudo, os cientistas se basearam na cepa original do vírus que apareceu pela primeira vez em Wuhan, China, e também na variante Alpha ‘Kent’, do Reino Unido.

No entanto, eles acrescentaram que as descobertas sugerem que os sintomas da variante Delta, por exemplo, também serão diferentes entre os grupos populacionais.

Sintomas entre os vacinados

Pessoas que tomaram as duas doses da vacina, e ainda assim foram contaminadas pela covid-19, tendem a sofrer com sintomas parecidos com os de um forte resfriado, como dor de cabeça, nariz escorrendo, espirros e dor de garganta.

“É importante que as pessoas saibam que os primeiros sintomas estão em uma gama grande, e podem ser diferentes para cada membro da família”, afirmou Claire Steves, uma das responsáveis pelo estudo, ao jornal Daily Mail.

Ela e seus colegas de estudo defendem que mais sintomas sejam acrescentados na lista oficial de sinais de alerta para garantir que mais infecções sejam detectadas nos estágios iniciais, ajudando a conter a propagação do vírus. Os pesquisadores reforçam que isso é especialmente importante em face das novas variantes que são altamente transmissíveis.