Sintomas iniciais da demência: fique atento aos primeiros sinais

Descubra os 4 primeiros sintomas da demência e como eles podem impactar a vida cotidiana

Por Thatyana Costa em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
08/02/2025 20:29 / Atualizado em 13/02/2025 19:45

Atualmente, ao menos 1,76 milhão de pessoas têm alguma forma de demência no Brasil. Entenda os sintomas
Atualmente, ao menos 1,76 milhão de pessoas têm alguma forma de demência no Brasil. Entenda os sintomas - Getty Images

A demência é uma doença degenerativa que afeta a função cognitiva e compromete atividades do dia a dia, como memória, fala e comportamento. No Brasil, mais de 1,7 milhão de pessoas são afetadas por essa condição, e a previsão é que até 2050 esse número cresça significativamente. Reconhecer os primeiros sinais da doença é essencial para um diagnóstico precoce e para iniciar tratamentos que podem melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Neste artigo, conheça os principais sintomas iniciais da demência e como identificá-los.

Sintomas iniciais da demência: como identificar a doença precocemente

Embora a perda de memória seja o sintoma mais conhecido da demência, existem outros sinais que podem indicar o início da condição. A detecção precoce dos sintomas é fundamental para a realização de um diagnóstico preciso e o início de tratamentos que possam retardar a progressão da doença.

A seguir, confira os quatro primeiros sinais que podem ser indicativos de demência.

1. Dificuldade em planejar e executar tarefas
Atividades cotidianas simples, como cozinhar ou lavar louça, podem se tornar desafiadoras para pessoas com demência. Isso acontece porque a doença afeta a função executiva do cérebro, responsável por organizar e coordenar as ações necessárias para concluir essas tarefas. À medida que a demência avança, a execução dessas atividades se torna mais difícil e desorganizada.

2. Perda frequente de palavras e dificuldade de comunicação
Esquecer palavras ou ter dificuldade em encontrar o termo correto é um sintoma comum da demência. Embora isso aconteça ocasionalmente em qualquer pessoa, quando se torna uma ocorrência regular, pode ser um sinal de alerta. A dificuldade em se comunicar indica que o cérebro está perdendo conexões importantes para o processamento da linguagem.

3. Distúrbios do sono e cansaço excessivo
Mudanças no padrão de sono, como dificuldades para adormecer ou acordar várias vezes durante a noite, são comuns em pessoas com demência. A diminuição da melatonina, hormônio que regula o sono, pode ser um fator importante para esses distúrbios. Pacientes com Alzheimer, por exemplo, costumam apresentar dificuldades significativas para manter um ciclo de sono saudável.

4. Alterações no comportamento e humor
Alterações de personalidade, como depressão, isolamento social ou agressividade, podem ser sinais de demência frontotemporal, uma variação da doença que afeta a região do cérebro responsável pelas emoções e comportamentos sociais. Essas mudanças de humor podem levar à frustração e ao afastamento social, impactando as interações sociais e a qualidade de vida.

Medicamentos que podem aumentar o risco de demência

Pesquisas recentes indicam que o uso prolongado de certos medicamentos, como anticolinérgicos e sedativos, pode aumentar o risco de desenvolver demência. Especialistas recomendam cautela ao prescrever esses fármacos e sugerem alternativas terapêuticas para evitar impactos negativos na saúde cognitiva a longo prazo. O monitoramento constante da saúde mental é fundamental.

 

 

 
Como controlar a demência

Controlar a demência requer uma abordagem multifacetada, combinando cuidados médicos, terapias cognitivas e apoio familiar. Exercícios mentais, dieta balanceada e medicações específicas ajudam a desacelerar o progresso da doença. Intervenções precoces e monitoramento constante são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e familiares. Clique aqui para saber mais.