Subvariante da Ômicron se espalha pela África do Sul

Ainda não há evidências de que a linhagem cause quadros mais graves de covid-19

A África do Sul está vendo aumentarem os casos de BA.2, a nova subvariante da Ômicron, que é mais transmissível. Em janeiro, a linhagem correspondeu a 23% das 450 amostras sequenciadas pela rede de vigilância genômica do país. Em dezembro respondia apenas por 4% das 2.243 amostras analisadas, com a cepa original representando 94%.

A subvariante já chegou a pelo menos 57 países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Na Dinamarca ela já ultrapassou a Ômicron original (BA.1) e se tornou dominante.

Infecções pela subvariante da Ômicron se espalham pela África do Sul
Créditos: Udomkarn Chitkul/istock
Infecções pela subvariante da Ômicron se espalham pela África do Sul

Cientistas dinamarqueses, que fazem o monitoramento da nova linhagem, descobriram que ela é é 33% mais transmissível do que as variantes anteriores, mas, felizmente, não parece provocar doença mais grave.

Maior poder de infectar vacinados

A variante BA.2 tem cinco mutações únicas em uma parte fundamental da proteína spike que o vírus usa para se ligar às células humanas e invadi-las. Mutações nesta parte do vírus, conhecida como domínio de ligação ao receptor, são frequentemente associadas a uma maior transmissibilidade.

Segundo pesquisadores dinamarqueses, além de a BA.2 ser substancialmente mais transmissível do que BA.1, ela também possui propriedades imunoevasivas que reduzem ainda mais o efeito protetor da vacinação contra a infecção.

 Subvariante da Ômicron reduz o efeito protetor das vacinas, segundo estudo
Créditos: AngelaMacario/istock
 Subvariante da Ômicron reduz o efeito protetor das vacinas, segundo estudo