Suplemento para colesterol é investigado após mortes no Japão

Em meio a recall nacional, autoridades japonesas investigam mortes que podem ter ligação com o produto feito de arroz vermelho

O Japão investiga duas mortes e mais de 100 hospitalizações, que podem ter ligação com suplemento contra o colesterol, o beni koji.

De acordo com a agência de notícias AP, um funcionário do Ministério da Saúde japonês alertou que poderá haver mais vítimas nos próximos dias.

Ele pediu a todos que parassem de ingerir qualquer coisa que contivesse beni koji. Aqueles com problemas de saúde, como rins fracos, podem ser especialmente vulneráveis.

Recall nacional

A empresa Kobayashi Pharmaceutical retirou do mercado os produtos que continham um ingrediente chamado arroz vermelho fermentado, após várias reclamações de clientes que relataram problemas renais.

O produto é produzido pela fermentação do arroz cozido no vapor com fungos alimentares.

Japão investiga duas mortes e 100 hospitalizações por suposta ligação com suplemento
Créditos: Hendra Su/istock
Japão investiga duas mortes e 100 hospitalizações por suposta ligação com suplemento

Os produtos recolhidos não exigiam receita médica.

Além dos suplementos, mais de 40 produtos de outras empresas contendo beni koji, incluindo pasta de missô, biscoitos e molho de vinagre, foram recolhidos.

Todos os produtos foram fabricados no Japão, embora não esteja claro se alguma das matérias-primas foi importada.

Um recall de suplementos de saúde importados já aconteceu antes, mas este é o primeiro grande recall de um suplemento produzido internamente, de acordo com relatos da mídia japonesa.

Tratamento alternativo para o colesterol

O Beni Koji é um suplemento feito de arroz fermentado com o fungo Monascus. Essa técnica de fermentação é tradicional na culinária asiática.

No Japão, o Beni Koji é conhecido por sua versatilidade e sabor distintivo, sendo incorporado em uma variedade de pratos, desde molhos até bebidas.

Além do sabor, o Beni Koji oferece uma variedade de benefícios para a saúde. 

Pesquisas médicas caracterizam essa substância como uma possível alternativa às estatinas na redução do colesterol, embora também ressaltem o risco de danos aos órgãos, dependendo da composição química.