Surge segundo caso de doença da família da varíola

Vírus causa lesões na pele, dor e febre; ainda não se sabe ao certo a origem da doença

Autoridades de saúde do estado americano do Alasca estão relatando o segundo caso de uma doença batizada pelos virologistas Alaskapox. Ela é provocada por um novo vírus da família do orthopoxvirus, que causa a varíola, doença erradicada nos anos 80.

A mulher infectada é residente da cidade e Fairbaks e apresentou, em agosto, uma pequena lesão cinza em seu braço esquerdo, seguida de vermelhidão que durou aproximadamente 4 dias. Ela relatou dor no ombro, fadiga e febre.

O teste de PCR realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) identificou o orthopoxvirus genérico, e o sequenciamento determinou que ele pertencia à mesma linhagem do primeiro caso relatado em uma mulher em 2015.

Ambos os casos ocorreram em áreas florestais perto de Fairbanks, entre o meio e o fim do verão, período do ano em que há um pico na população de mamíferos e em que os humanos passam mais tempo ao ar livre.

A suspeita é de que a doença seja transmitida por alguma espécie de roedor selvagem.

Segundo o boletim epidemiológico do país, as autoridade de saúde analisaram diversos objetos pessoais e mais de uma dezena de animais encontrados próximo à casa da mulher, mas não foi possível descobrir a origem do vírus.

Doença misteriosa é causada por vírus da família da varíola
Créditos: Dr_Microbe/istock
Doença misteriosa é causada por vírus da família da varíola

O orthopoxvirus é um gênero de vírus que infecta uma variedade de animais, incluindo humanos, gado, gatos e roedores.

Não há evidência de transmissão de pessoa para pessoa. A rota de transmissão ainda está sendo investigada.

O governo tem recomendado que as pessoas evitem o contato com animais selvagens e lave as mãos regularmente.

Aquelas que apresentarem lesões suspeitas devem mantê-las secas e cobertas e não compartilhar com outras pessoas toalhas e outros itens que podem entrar em contato com o machucado.

Varíola

A varíola é uma doença considerada erradicada pela Organização Mundial da Saúde desde os anos 80. Isso só foi possível após a realização de uma campanha de vacinação que envolveu o mundo inteiro. O último caso natural da doença foi diagnosticado em outubro de 1977.

A enfermidade provocava úlceras na boca e erupções na pele, além de febre e vômitos. Se não tratada, poderia levar a pessoa a óbito.

A transmissão acontecia por meio do contato com pessoas infectadas ou com objetos contaminados com o vírus.