Telecárdio: laudos de eletrocardiograma a distância

Por: Keila Baraçal
EXAME: avaliação do médico  dura cerca de 5 minutos
Créditos: Getty Images/Tetra images RF
EXAME: avaliação do médico  dura cerca de 5 minutos

Telecárdio é um tipo de serviço – desenvolvido pela Prefeitura de São Paulo e pela Associação Paulista para Desenvolvimento Medicina (SPDM) – que facilita a entrega de laudos de eletrocardiograma.  O procedimento avalia de forma rápida as necessidades de pacientes com problemas no coração.

Moradores da região periférica de São Paulo são os mais contemplados pelo sistema, uma vez que nem sempre os postos de saúde públicos têm um especialista para atender à demanda.  “As emergências de coração, em geral, são graves e precisam de encaminhamentos e tratamentos rápidos”, explica o Dr. Antonio Carlos Carvalho, cardiologista responsável pelo programa. Por mês são analisados entre 5 e 10 mil diagnósticos.

Funciona assim: o paciente, após a realização do exame nestas unidades (AMAs ou Postos de Saúde), têm o resultado encaminhado pela internet ou telefone (0800) para a Central de Telemedicina, sediada no Hospital São Paulo. “Hoje em dia,  nossos plantonistas podem acessar o diagnóstico de onde estiverem. Basta ter o sistema de análise em um computador”, conta o médico.

Em seguida, o Médico Cardiologista de plantão exclusivamente para interpretação do eletro, o avalia e encaminha o laudo para o Médico Clínico da unidade de urgência e emergência em um tempo médio de 5 minutos. Passam pelo procedimento pacientes que apresentam sintomas como falta de ar, batidas irregulares no coração e desmaio.

O projeto é bem completo mesmo. A partir das análises realizadas pelo médico de plantão, o paciente, de acordo com o grau do problema é encaminhado para o centro médico apropriado.  Se for infarto, por exemplo, o doente será levado  para o hospital referencia mais próximo .  É de responsabilidade do médico da ponta  solicitar o uso de ambulância, caso seja necessário.

O médico ressalta a importância deste tipo de exame, quando argumenta que estas avaliações servem para otimizar o diagnóstico dos exames. Assim é possível encaminhar o tratamento mais adequado a cada paciente.