Uma equipe da Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana, nos EUA, desenvolveu recentemente um teste capaz de identificar de maneira simples e confiável um risco de esquizofrenia a longo prazo. 

A descoberta foi celebrada no meio científico, uma vez que, quanto mais cedo diagnosticada a doença, maior a chance de minimizar o impacto causado pelos danos neurológicos. 

O que é a esquizofrenia?

A literatura médica sobre a doença mostra que a psicose geralmente se manifesta no início da idade adulta. Estresse e drogas, incluindo a maconha, podem ser fatores precipitantes quando há contexto de vulnerabilidade genética.

De forma resumida, a esquizofrenia se define por um transtorno psiquiátrico crônico que afeta a forma como uma pessoa pensa, sente e se comporta. Ela pode causar sintomas como:

delírios;
alucinações;
pensamento desorganizado;
dificuldade de concentração;
problemas de memória;
falta de motivação.

Como funciona o exame de sangue que prevê esquizofrenia?

O exame de sangue funciona procurando alterações físicas no corpo, conhecidas como biomarcadores, que apontam para psicose.

Além disso, os pesquisadores usaram uma década de dados sobre pacientes psiquiátricos, combinando sintomas como alucinações e estados delirantes com biomarcadores químicos no sangue.

Com dados suficientes para trabalhar, a equipe foi capaz de inverter o sistema e prever com precisão estados de esquizofrenia e riscos futuros a partir de exames de sangue.

Ao fim da análise, os especialistas consideraram o teste uma medida valiosa e objetiva que, diferente de outros métodos, não depende de avaliações demoradas ou análises psicológicas.

Alguns dos biomarcadores destacados pelos investigadores já são alvo de medicamentos prescritos para outras condições, o que poderia potencialmente acelerar o seu desenvolvimento em relação à esquizofrenia. 

Com as evidências, a expectativa é de que o exame de sangue possa ser autorizado oficialmente pelas agências reguladoras de saúde mundo afora.