Tomar estar vitamina regularmente pode reduzir o risco de câncer de intestino

Estudo com 70 mil pessoas sugere que o folato, presente em vegetais, pode diminuir o risco de câncer de intestino em até 7%.

Por Thatyana Costa em parceria com Anna Luísa Barbosa (Médica Generalista - CRMGO 33271)
09/09/2024 21:29

Segundo pesquisadores, aumentar a quantidade desta vitamina através da dieta ou de suplementos pode ajudar a reduzir em até 7% o risco de câncer de intestino.
Segundo pesquisadores, aumentar a quantidade desta vitamina através da dieta ou de suplementos pode ajudar a reduzir em até 7% o risco de câncer de intestino. - Sophie_James/DepositPhotos

Um estudo recente, realizado por pesquisadores do Imperial College London, revelou que o consumo regular de vitamina B9, também conhecida como folato, pode contribuir significativamente para a redução do risco de câncer de intestino, ou câncer colorretal. A pesquisa, publicada no The American Journal of Clinical Nutrition, é considerada a maior já realizada sobre o tema e analisou dados de mais de 70 mil participantes.

Como o folato age na prevenção do câncer

O folato, que pode ser encontrado em vegetais de folhas verdes como espinafre, brócolis e repolho, foi associado a uma redução de até 7% no risco de câncer de intestino para cada 260 microgramas adicionais de consumo. Essa quantidade representa 65% da ingestão diária recomendada, que é de 400 microgramas.

Além de sua contribuição na prevenção do câncer colorretal, o folato também desempenha um papel crucial na produção de glóbulos vermelhos, sendo especialmente importante para mulheres grávidas ou que planejam engravidar.

Interações genéticas e novas descobertas

A pesquisa também investigou interações genéticas que podem influenciar a relação entre o consumo de folato e o risco de câncer. Os cientistas descobriram que uma região específica do genoma pode modificar o impacto dos suplementos de folato sobre o risco de câncer colorretal. Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores destacam a necessidade de mais estudos para identificar com precisão os genes envolvidos e sua influência na prevenção da doença.

Este estudo reforça a importância de manter uma dieta rica em folato e aponta para o potencial de novos avanços na prevenção do câncer através de abordagens genéticas.

É importante destacar ainda que pessoas com doença hepática grave e distúrbio de coagulação sanguínea, além das alérgicas à B9 não devem consumi-la. Além disso, a introdução na dieta deve ser acompanhada e recomendada por profissionais de saúde, afim de trazer todos esses benefícios e não interferir em nenhum outro tratamento previamente instituído.