Entenda o que é o transtorno explosivo intermitente e saiba como lidar
Os sintomas do transtorno explosivo intermitente (TEI) podem ser percebidos na infância; veja suas causas, sintomas e formas de tratamento
O transtorno explosivo intermitente (TEI) é um distúrbio psiquiátrico que se caracteriza por explosões de raiva intensa e impulsiva diante de situações comuns, nas quais a maioria das pessoas reagiria com irritação moderada ou até indiferença.
Para pessoas com TEI, eventos cotidianos, como ouvir uma crítica ou lidar com uma frustração, podem desencadear comportamentos agressivos e violentos, seguidos por arrependimento, culpa ou tristeza.
Essas explosões podem comprometer a qualidade de vida do indivíduo, prejudicando suas relações familiares e profissionais. Por isso, a importância de acompanhamento especializado.
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O transtorno foi formalmente reconhecido no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM). É mais comum em homens e pode surgir ainda na infância.
Como identificar os sintomas do transtorno explosivo intermitente?
O principal sinal do TEI é a intensidade desproporcional das reações diante de situações corriqueiras. Alguns sintomas comuns incluem:
- Explosões verbais, como gritos e xingamentos;
- Agressões físicas, incluindo empurrões e até automutilação;
- Danos a objetos, como quebrar itens em um acesso de raiva;
- Uso abusivo de substâncias, como álcool e drogas, em tentativas de amenizar a frustração ou culpa pós-ataques.
Esses episódios de fúria podem acontecer várias vezes ao longo da semana ou de forma mais espaçada, mas com impacto significativo na vida da pessoa.
O transtorno explosivo intermitente pode surgir ainda na infância, a partir dos 6 anos, especialmente entre crianças que vivenciam ou são expostas a ambientes violentos.
Quais são os possíveis fatores associados ao TEI?
O TEI pode ocorrer junto a outros transtornos de saúde mental, como ansiedade, depressão, TDAH e transtornos de personalidade.
Essa condição também compartilha sintomas com o transtorno disruptivo da desregulação do humor (TDDH), caracterizado por episódios de raiva, mas com critérios de diagnóstico e tratamento diferentes.
Fatores ambientais, como viver em um ambiente com violência doméstica ou enfrentar bullying, podem aumentar a vulnerabilidade ao TEI.
Em alguns casos, a dor e o sofrimento emocional podem ser interiorizados e, com o tempo, resultar em um padrão de comportamento agressivo.
Tratamento
O tratamento do TEI é baseado em uma combinação de psicoterapia e, em alguns casos, medicação.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é a abordagem terapêutica mais recomendada, pois ajuda a pessoa a reconhecer os gatilhos da raiva e a desenvolver técnicas para controlar impulsos agressivos.
O uso de medicação, como antidepressivos ou estabilizadores de humor, também pode ser necessário para diminuir a intensidade das explosões e ajudar no equilíbrio emocional.
A participação de um profissional de saúde mental é fundamental para avaliar e ajustar o tratamento conforme a necessidade do paciente.
Como lidar com uma pessoa com TEI?
Para familiares e amigos, é importante compreender que os ataques de raiva no TEI não são deliberados, mas sim parte de uma condição psiquiátrica.
Oferecer apoio e incentivar a busca por ajuda especializada são passos essenciais para a melhoria da qualidade de vida da pessoa com transtorno explosivo intermitente.