‘Troca de dietas’ mostra efeito negativo imediato da ‘junk food’

Via BBB Brasil, parceira do Catraca Livre

Os pesquisadores americanos pediram para 20 voluntários dos Estados Unidos aderir a uma dieta com pouca gordura e rica em fibras. Enquanto isso, 20 voluntários da região rural da África começaram a consumir mais junk food.
Apesar de a experiência ter durado apenas duas semanas, o impacto foi visível. Os americanos foram beneficiados com menos inflamações no intestino.
Mas, os africanos começaram a apresentar mais problemas intestinais.
Especialistas alertam que não é possível tirar conclusões mais firmes com base em um estudo tão pequeno.
Mas, as descobertas dão base para a crença de que as dietas ocidentais modernas, que têm muita gordura e açúcar e pouca fibra, fazem mal à saúde.
Outros estudos, envolvendo imigrantes japoneses que foram para o Havaí, mostraram que em apenas uma geração de ocidentalização a incidência de câncer em uma parte do intestino grosso (cólon) aumentou, ficando semelhante à incidência entre os havaianos nativos.
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E as pesquisas também mostram que o alto consumo de fibras, particularmente cereais e grãos integrais, reduz o risco de câncer no intestino. Mas, o alto consumo de carne vermelha ou processada aumenta este risco.
Hambúrguer e batata frita
Thinkstock
Americanos observaram melhora na saúde depois de consumir leguminosas e feijões
No estudo, os voluntários africanos consumiram a dieta típica de junk food, hambúrguer e batata frita.
Os voluntários americanos consumiram muitos tipos de feijões e leguminosas.
Todos os participantes fizeram exames médicos antes e depois da mudança de dieta.
A troca de dieta parece ter causado mudanças significativas nas células que forram o intestino e também mudanças nas bactérias que povoam o intestino. As mudanças para melhor ocorreram entre os voluntários americanos.
“Em apenas duas semanas, uma mudança na dieta, de uma composição ocidentalizada para uma dieta tradicional africana rica em fibras e com pouca gordura, reduziu estes biomarcadores (que indicam) risco de câner, indicando que provavelmente nunca é tarde para mudar o risco de câncer no cólon”, afirmou Stephen O’Keefe, o pesquisador que liderou a pesquisa da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos.

Leia aqui a íntegra da matéria da BBC