Tumor cerebral: olhos podem dar sinais da doença
Especialistas dissertam por que determinados movimentos oculares podem eventualmente indicar existência de um tumor cerebral
Caracterizado por uma massa anormal de tecido dentro do cérebro, um tumor cerebral pode se dividir entre benignos (não cancerosos) ou malignos (cancerosos). Eles podem surgir no cérebro mesmo (tumores primários) o propagar-se de outras partes do corpo (tumores secundários o metastáticos).
Estudos sobre o tema mostram que esta alteração tumoral pode afetar qualquer parte do sistema nervoso central e esse processo leva ao desenvolvimento de várias formas tumorais.
Por que os olhos podem indicar a existência de um tumor?
Para os especialistas, os sintomas dos tumores cerebrais dependem da localização e do tamanho da massa tumoral: como cada área do sistema nervoso central é responsável por uma função específica, será justamente aquela que será afetada com o desenvolvimento da doença.
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Entre os sintomas incomuns de um tumor cerebral estão aqueles relacionados à visão, como visão dupla, visão turva, perda de visão lateral. Por isso, ao notar esse sinais, é importante consultar um médico ou oftalmologista para investigar as causas.
Outros sintomas de tumor cerebral
- Dor de cabeça incontrolável, nunca sentida antes desta forma e com esta frequência
- Náusea
- Vômitos
- Problemas de equilíbrio e mobilidade
- Problemas de linguagem
- Confusão
- Crises neurológicas
Tipos de tumor cerebral
Meningioma: como o nome sugere, esse tipo de tumor tem origem nas meninges, ou seja, nas membranas que envolvem e protegem o cérebro. O diagnóstico, neste caso, muitas vezes ocorre por acaso se exames como tomografia computadorizada ou ressonância magnética forem realizados por outros motivos (por exemplo, traumas ou acidentes) que mostram a presença de pequenas manchas ao nível das meninges. Quase sempre são tumores benignos de crescimento muito lento, comuns em pessoas idosas (especialmente em mulheres).
Glioma: representa a forma mais frequente de tumor cerebral (40% dos casos) e tem origem numa degeneração das células gliais, que têm a função de produzir mielina (substância que reveste os nervos e permite a transmissão dos impulsos nervosos). Na maioria dos casos, são tumores que se desenvolvem lentamente e, portanto, podem ser tratados com boas chances de sucesso.
Meduloblastoma: é um tumor maligno típico da infância e adolescência: tem origem no cerebelo, mas tem capacidade de migrar rapidamente para outras regiões do cérebro.
Linfoma primário: é um tumor que deriva de linfócitos mas que, ao contrário dos linfomas sistémicos, limita o seu desenvolvimento ao sistema nervoso central. Esta é uma forma de tumor particularmente maligna e agressiva, que afeta principalmente indivíduos imunossuprimidos.