Mulher descobre tumor cerebral após dor de dente

Dor de dente ininterrupta chamou a atenção de neurologistas, que diagnosticaram o tumor cerebral da jovem

Dor de dente desencadeou série de exames que apontou a existência do tumor cerebral

Aos 29 anos, a britânica Emma Webster foi diagnosticada com um tumor cerebral, que só foi percebido após um sintoma quase nunca associado à doença: uma dor de dente que durou meses.

Inicialmente, a administradora afirmou que, ao consultar o seu dentista, ele atribuiu a dor a uma eventual infecção de um dente causada por um acúmulo de bactérias na boca.

Por isso, Emma foi submetida a um tratamento de canal. A cirurgia, contudo, não diminuiu a dor. Pelo contrário, o sintoma se espalhou para outras regiões como o topo da boca e a ponta do nariz.

Diante da piora do caso, ela recorreu a um médico geral, que em uma avaliação preliminar acreditou se tratar de um quadro de neuralgia, caracterizada por uma dor intensa no rosto causada pelo comprometimento de um nervo.

Durante seis meses, ela recebeu o tratamento voltado para essa condição, que incluía uso de remédios para epilepsia – interferindo na capacidade do nervo de enviar sinais de dor ao cérebro. Os sintomas, no entanto, não cessarão e ela começou a sofrer de visão turva.

No entanto, os sintomas continuaram a piorar e ela começou a sofrer de visão turva. Encaminhada a um neurologista, Emma foi submetida a um exame de ressonância magnética.

Foi quando descobriu, três dias depois, que tinha um tumor cerebral benigno (não canceroso) atrás do olho direito. Operada em março de 2019, os cirurgiões conseguiram remover 70% do tumor e, somente após oito meses do procedimento, sentiu melhora nos sintomas.

Tumores benignos, quando totalmente removidos durante a cirurgia, geralmente não voltam. No entanto, aqueles que não podem ser completamente removidos precisam ser monitorados de perto, caso voltem a crescer ou se tornem cancerosos.

O que são tumores encefálicos benignos ?

Os tumores benignos são uma massa de células que crescem de forma relativamente lenta no cérebro. Eles tendem a ficar no mesmo lugar e não costumam se espalhar.

Os sintomas incluem uma nova e persistente dor de cabeça, convulsões, enjoo, sonolência, alterações mentais ou comportamentais e problemas de fala e visão.

O tratamento geralmente inclui cirurgia para remover a maior parte do tumor. Radioterapia e quimioterapia podem ser necessárias para controlar o crescimento das células remanescentes.