Uso destes anti-inflamatórios pode prejudicar quem tem diabetes
Realizado ao longo de aproximadamente seis anos, o estudo incluiu amostras de 331.189 pacientes
Um estudo da Universidade de Copenhagen associou o uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINES) por pessoas com diabetes tipo 2, ao aumento no risco de hospitalização por insuficiência cardíaca.
Os anti-inflamatórios incluem analgésicos comuns como ibuprofeno, celecoxib, naproxeno e diclofenaco.
Segundo os pesquisadores, esse risco envolve pessoas acima dos 65 anos ou que apresentam um descontrole da diabetes.
Realização e resultado do estudo
Pesquisadores dinamarqueses conduziram uma análise abrangente, utilizando registros médicos, para investigar os efeitos dos AINES em pacientes com diabetes tipo 2.
O estudo, realizado ao longo de seis anos, envolveu uma amostra de 331.189 pacientes com diabetes tipo 2, com idade média de 62 anos e uma proporção de 44% de mulheres. A pesquisa excluiu pacientes com histórico prévio de insuficiência cardíaca ou condições reumatológicas que exigissem o uso contínuo de AINES.
Os resultados revelaram uma ligação significativa entre o uso desses medicamentos e o risco aumentado de hospitalização por insuficiência cardíaca. Comparando as informações de internações com o uso de AINES, foi constatado um aumento de 43% na probabilidade de desenvolvimento desse problema após a utilização dos medicamentos.
Riscos do diclofenaco e ibuprofeno
Ao analisar os AINES individualmente, observou-se que o diclofenaco aumentou o risco em 48%, enquanto o ibuprofeno contribuiu com 46%.
No entanto, os demais fármacos não apresentaram um número suficiente de casos para estabelecer uma relação significativa.
O autor do estudo, Dr. Anders Holt, do Hospital Universitário de Copenhague, na Dinamarca, ressaltou que, embora se trate de um estudo observacional, não é possível concluir que os AINES causam insuficiência cardíaca em pacientes com diabetes tipo 2. No entanto, é importante considerar os resultados do estudo ao usar algum desses medicamentos.
Além disso, nas discussão sobre o uso de anti-inflamatórios, é preciso levar em consideração os riscos individuais e as alternativas disponíveis. Assim, a segurança e a saúde cardiovascular dos pacientes estará garantida.