Variante mais transmissível causa aumento casos de covid nos EUA

Especialistas esperam que a nova cepa se torne dominante no país

A subvariante da Ômicron, altamente contagiosa, chamada BA.2, fez os casos de covid-19 aumentarem na China e em partes da Europa e estima-se que ela seja responsável por cerca de 25% ou 30% dos novos casos nos EUA. A média de 7 dias de novos casos diários é de 31.967, com 1.084 mortes diárias.

Segundo o principal conselheiro médico da Casa Branca, Dr. Anthony Fauci, a BA.2 pode em breve se tornar a variante dominante no país.

“Ela aumentou a capacidade de transmissão”, disse Fauci à imprensa americana. “No entanto, quando você olha para os casos, eles não parecem ser mais graves e não parecem evitar respostas imunes de vacinas ou infecções anteriores”.

Subvariante da Ômicron aumenta os casos de covid-19 nos EUA
Créditos: Creative Thinking/istock
Subvariante da Ômicron aumenta os casos de covid-19 nos EUA

Fauci disse que a BA.2 é cerca de 50% a 60% mais transmissível que a Ômicron e espera um aumento nos casos, mas não necessariamente um aumento maciço como outras variantes causaram.

Proteção das vacinas

As autoridades de saúde enfatizam que as vacinas contra a covid e os reforços continuam sendo as melhores maneiras de prevenir a forma grave da doença, principalmente no momento em que o uso de máscara foi liberado no país.

A Food and Drug Administration (FDA) anunciou que o Comitê Consultivo de Vacinas e Produtos Biológicos Relacionados se reunirá em 6 de abril para discutir o futuro papel das doses de reforço, após submissões de autorização de uso emergencial da Pfizer e da Moderna para quartas doses.

No Brasil, as primeiras notificações da subvariante BA.2 ao Ministério da Saúde foram feitas em fevereiro. Na ocasião, a pasta informou que a sublinhagem é de “preocupação”, mas “não tem impacto no diagnóstico laboratorial e na eficácia das vacinas”.

BA.2

Um estudo realizado por cientistas da Dinamarca indicou que a subvariante BA.2 é mais contagiosa que a Ômicron “original”, BA.1. A investigação também concluiu que ela é capaz de infectar com mais facilidade indivíduos vacinados e com doses de reforço do que as variantes anteriores.

Apesar disso, os dados até o momento não apontam que as vacinas seriam menos eficazes contra doenças sintomáticas.

Nos locais onde a subvariante BA.2 se tornou dominante, também não está sendo observado aumento incomum de hospitalizações, o que parece ser um bom sinal.