Você sabe qual é a diferença entre rinite e sinusite?

Com a chegada do outono, as temperaturas começam a cair e o ar se torna mais seco, criando um ambiente propício para o aumento da incidência de rinite e sinusite. As mudanças climáticas e a maior concentração de poluentes e alérgenos, como poeira e ácaros, podem desencadear crises alérgicas e inflamações nas vias respiratórias. 

Além disso, a tendência de manter ambientes fechados e com pouca ventilação favorece a proliferação de vírus e bactérias, agravando os sintomas. Para minimizar os impactos, é essencial manter a hidratação, evitar locais empoeirados e investir na limpeza dos ambientes.

Embora muitas vezes sejam confundidas, rinite e sinusite são condições distintas, com causas, sintomas e tratamentos específicos. Mas você sabe realmente diferenciá-las?

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Rinite: O nariz em alerta

A rinite nada mais é do que uma inflamação na mucosa nasal, podendo ser aguda ou crônica. Afetando cerca de 25% da população, ela está frequentemente associada a alergias e infecções virais, como resfriados e gripes. Entretanto, não para por aí! A rinite também pode ser desencadeada por bactérias, fungos, doenças autoimunes, fatores hormonais, uso de medicamentos, alterações do sistema nervoso autônomo e até mesmo tabagismo.

Segundo o Dr. Braz Paulo Buzatto, otorrinolaringologista do Hospital Santa Virgínia, a alergia respiratória é a causa mais comum da rinite, muitas vezes associada à asma. “Identificar os fatores ambientais que desencadeiam a crise é essencial, como ácaros, mofo, pelos de animais, produtos químicos e mudanças climáticas bruscas”, destaca o especialista.

Os sintomas da rinite incluem obstrução nasal, coriza, espirros e coceira, podendo se manifestar de forma constante (rinite perene) ou sazonal (mais frequente no outono e inverno).

O tratamento visa aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Para isso, são recomendados anti-histamínicos, lavagem nasal com soro fisiológico e corticoides intranasais. Em casos específicos, a imunoterapia com vacinas sublinguais ou injetáveis pode ser indicada, dependendo dos testes alérgicos.

Sinusite: O bloqueio do ar

A sinusite ocorre quando os seios da face – cavidades paranasais localizadas na região frontal, maxilar e ao redor dos olhos – inflamam devido a uma obstrução dos canais de ventilação. Essa condição é frequentemente desencadeada por viroses respiratórias, como resfriados e gripes, ou até mesmo pela rinite, favorecendo o acúmulo de muco e a proliferação bacteriana.

A condição pode ser classificada em três tipos: aguda, crônica ou recorrente. A forma aguda pode ter origem viral ou bacteriana, sendo a dor na face um dos sintomas mais incômodos. Além disso, podem ocorrer secreção nasal espessa e amarelada, obstrução nasal, febre, mal-estar, tosse e perda do olfato.

Já a sinusite viral costuma ser mais branda, causando coriza clara e febrícula, necessitando apenas de tratamento sintomático. Por outro lado, a sinusite crônica persiste por mais de quatro semanas e se manifesta com sintomas como secreção nasal fétida, obstrução nasal persistente, tosse prolongada e perda do olfato, podendo haver ou não a presença de pólipos nasais.

Saber diferenciar rinite e sinusite é essencial para um tratamento adequado. Se os sintomas persistirem, procure um especialista para um diagnóstico preciso e o melhor curso de tratamento para você!

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