‘Zona de conforto’ pode trazer riscos a relacionamentos longos
O termo “zona de conforto” significa um alerta de que alguém, ou o casal, está avançando uma área que pode trazer riscos ao relacionamento. Esse período, que ocorre principalmente em relações mais longas, está no limite entre o confortável e a monotonia. O Minha Vida publicou um artigo da psicóloga Raquel Baldo Vidigal sobre o tema.
Confira um trecho:
Intensidade X Calmaria
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Se observarmos histórias, poemas e filmes, vamos nos deparar facilmente com a ideia de que as relações amorosas são intensas e sedutoras quando vivem momentos de sacrifícios, de dedicação e de busca por paixão. Correr atrás da pessoa amada, presentear, surpreender, enfrentar e superar preconceitos, dificuldades, doenças… Tudo isso nos faz idealizar o amor e nos encanta.
A paixão excita e gera empolgação, movimentos de força e capacidade para produzir, criar, salvar, mudar, não o outro somente, mas a si mesmo em especial. Quando estamos apaixonados acreditamos, muitas vezes que somos mais e que podemos mais e por isso doamos mais, do nosso EU. É, sem dúvida alguma, uma fase deliciosa de vida. E se for bem organizada e percebida pelo casal, tende a ser forte colaboradora do amor que pode surgir.
Este amor tende a ser um fogo mais brando, não menos quente, apenas mais contido, para gerar construções na vida em conjunto e isto não significa perder o calor do desejo ou da admiração por si e pelo outro.
É muito comum as pessoas confundirem a estabilidade e o conforto de uma relação com a perda de prazer. Mas na verdade, o contrario da paixão é o tédio, é nele que devemos nos atentar. Uma vida estável, com rotinas (casal, filhos, trabalho, estudo, casa) não precisa ser entediante. Na verdade a rotina é necessária e fundamental para que se possa construir e conquistar as coisas na vida e até pode ser colaboradora para criações e novidades.
O que torna uma relação entediante é a da falta de vitalidade: falta de sonhos, falta de desejo, falta de empenho e vontade de fazer mais, falta de elogios, falta de enxergar o outro e a si mesmo. Essas faltas tornam a vida de qualquer um monótona e sem graça. Muitos casais se tornam entediantes, pois estão juntos há muito tempo, possuem bom histórico, possuem muitas preocupações com a vida (que lhes toma muita energia) e acreditam que toda relação um dia perde sua graça e vida. Mas isso não é verdade e não precisa acontecer.