Jovens apresentam soluções para os problemas do dia a dia

17/03/2015 00:00 / Atualizado em 02/05/2019 19:30

Eles não têm pós-graduação, tampouco diploma de graduação, mas já são capazes de apresentar soluções para problemas concretos da sociedade. Na 13ª edição da Febrace, (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), que acontece de hoje até quinta-feira, na Poli (Escola Politécnica), estarão expostos 332 projetos desenvolvidos por estudantes pré-universitários de 26 Estados brasileiros.

Confira abaixo alguns projetos que serão apresentados na feira.

Estudantes mostra invenção na edição do ano passado da Febrace (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)
Estudantes mostra invenção na edição do ano passado da Febrace (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Pulseira antissequestro – Atento à quantidade de sequestros na saída das escolas na cidade do Rio de Janeiro, o jovem Adonias Sampaio, do Instituto Nossa Senhora da Glória, criou uma pulseira escolar com sistema de RFID (Radio Frequency Identification). O sistema funciona da seguinte maneira: para pegar a criança na escola, um dos responsáveis deve portar um cartão que é “linkado” à pulseira.

Caso a criança saia da escola desacompanhada do responsável, a pulseira emite um aviso no celular dos pais. O dispositivo está sendo testado numa turma com 20 alunos, entre 8 e 10 anos, da mesma escola onde foi desenvolvido o projeto.

Etiqueta termo sensível – A estudante Pietra Berticelli Malanski, do terceiro ano do ensino médio do Sesc São José – Grupo Bom Jesus, de Curitiba (PR) desenvolveu uma etiqueta que indica aos consumidores se os produtos congelados e resfriados sofreram processo de descongelamento durante o transporte entre a fábrica e o ponto de venda.

Se submetida a uma temperatura maior que a permitida, a etiqueta termossensível coloidal muda sua forma original, indicando, dessa maneira, que o produto foi mantido sob uma temperatura inadequada, o que pode estraga-lo e causar intoxicação alimentar. A etiqueta é feita a base de emulsificante para sorvete, água e liga neutra, e foi testada em dias com diferentes temperaturas, dias quentes, frios e amenos, para comprovar a eficácia do protótipo. Pietra utilizou só produtos comestíveis para não contaminar os alimentos.

Manta térmica automática – Alunos da Escola Técnica de Eletrônica “Francisco Moreira da Costa”, de Santa Rita do Sapucaí (MG), desenvolveram uma manta térmica que mantém a temperatura do corpo em 36ºC. O controle é feito por um sensor, que identifica a temperatura do corpo e regula a da manta automaticamente.

Robôs multitarefas – A escola estadual Professora Elza Facca Martins Bonilha, da cidade de Campo Limpo Paulista (SP), levará para a feira dois protótipos de robôs multitarefas para exibições. Numa delas, os robôs lutam entre si, e na outra se movem por um circuito coletando objetos.

O robô Ares é preparado para lutar sumo. Ele foi projetado para localizar o robô oponente e lutar contra ele. Apesar de ser de pequeno porte (20 cm de altura por 25 cm de largura), o robô foi projetado para atuar em operações de alto risco, como localização e resgate de vítimas. O protótipo também pode mapear o ambiente e auxiliar cadeirantes, por exemplo, pegando remédios e outros tipos de objetos pequenos.

Os robôs foram completamente projetados e montados pelos alunos e são de baixo custo –cerca de R$ 250– se comparado ao preço de kits de montagem de robôs vendidos comercialmente. Os alunos desenvolveram toda a programação, o layout, as garras, motores, sensores etc.

Via Agência USP