Casa Mário de Andrade expõe trabalhos inéditos do escritor

Até 04 de agosto de 2018

Domingo - Terça - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado

Das 10h às 18h

Grátis

Você sabia que Mário de Andrade também foi fotógrafo? Muito reconhecido na literatura e na música, o autor de “Macunaíma” foi um dos pioneiros na fotografia modernista no Brasil. Com o objetivo de difundir trabalhos importantíssimos e poucos conhecidos do intelectual, a Casa Mário de Andrade organizou a exposição “Mário Fotógrafo“, em cartaz até o dia 4 de agosto.

A exposição exibe imagens de paisagens e personagens das regiões norte e nordeste do país, além de experimentos como autorretratos em sombra. A visita é gratuita e ocorre de terça-feira a domingo, das 10h às 18h.

A bordo do São Slavador

A Semana de Arte Moderna no Brasil, que foi uma grande impulsionadora de manifestações artísticas de todo o tipo, não contemplou a linguagem da fotografia. E Mário, sob influência da produção modernista europeia, foi um dos primeiros a iniciar um trabalho de fotografia modernista brasileira.

Ele batiza sua máquina norte-americana Kodak de “Codaque”, inventa o verbo “fotar” e, entre 1923 e 1936, coleciona cerca de 1500 fotografias, que registram patrimônios históricos, crianças, trabalhadores e imagens que revelam suas preocupações estéticas e suas experiências de revelação.

Entrada da Casa Mário de Andrade
Créditos: Andre Hoff
Entrada da Casa Mário de Andrade

Aquilo em que a fotografia artística se eleva sobre a puramente documental, reside não na máquina ou na luz, como imaginam confusionistamente os manipuladores de truques fotográficos ou os “fotografadores” de eternos crepúsculos românticos, mas na criação humana do artista. Enfim, há que ter esse dom especial de apanhar a poesia do real” – a fala de Mário em 1929 diz muito sobre seus trabalhos fotográficos, que foram usados como ferramenta de documentação e criação artística, sob um olhar atento à cultura brasileira.


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