Infantilização: falar no diminutivo é benéfico para as crianças?
É quase patológico: bastou avistar um bebê ou criança pequena para sairmos falando em uma sucessão de diminutivos: “Cadê o bebezinho da mamãezinha?”, “Vamos colocar a roupinha?”, “Hum, que delicinha essa sopinha de cenourinha!” e outras variações do dialeto alternativo que assumimos na frente de uma criança. Mas afinal, essa postura prejudica o desenvolvimento infantil? Como agir quando os pequenos começam a se comunicar com palavras?
Alfabetização saudável x Infantilização exagerada
Há especialistas que até defendem alterar a entonação na hora de conversa com o bebê, com o intuito de construir uma ligação afetiva com ele. Não por acaso, em todos os idiomas, há um jeito ‘infantil’ de falar: o bom e velho ‘tatibitate’: falar errado de modo deliberado. Porém, a fala exageradamente infantilizada passa a ser um problema quando se mantém mesmo depois de a criança aprender as palavras de forma correta. O importante é o adulto ter o cuidado de acompanhar o ritmo de desenvolvimento das crianças.
- Esta doença é a principal causa de morte de crianças de até 1 ano
- Psicoterapia infantil: quando e como buscar ajuda para as crianças?
- Segundo a ciência, este exercício é indispensável para evitar demência no futuro
- Universidade de Cambridge está com inscrições abertas para bolsas de estudo em curso de verão
“Até que a criança tenha domínio dos fonemas e de algumas palavras, pode usar diminutivo e alongamento de palavras. Após a fase de aquisição de linguagem, é importante que falemos em ritmo e modulação mais adequados, utilizando uma tonalidade menos infantil”, alerta a fonoaudióloga Alessandra Garcia, em entrevista ao site Disney Babble.
Para ela, mais importante do que o que falamos, é como falamos. Isso impacta diretamente nos vínculos que o adulto estabelece com as crianças. “Fale sempre olhando nos olhos e articule bem as palavras. Use bastante modulação na voz, para permitir uma interação maior, explica.
*Com informações de Disney Babble
Leia mais: