Coletivo realiza intervenções urbanas e interação de linguagens

Com o propósito de articular ações e projetos tendo a fotografia e as artes visuais como fio condutor de reflexão e atuação, coletivo propõe o despertar e investe no diálogo com outras linguagens, a exemplo do stencil, da literatura e do grafite.

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Desperte, é realizado a partir da colagem de fotografias em preto e branco que realçam a figura feminina e o seu potencial visual. Inspirado em reflexões sobre a fotografia publicitária e sua vasta exposição no espaço urbano e a própria essência estética, o ensaio sugere intensidade e busca desautomatizar o olhar de quem o vê.

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Além da fotografia, o a3 Cole[tivo] buscou parcerias com outros artistas/linguagens. As fotografias produzidas pelo coletivo interagem com a frase da escritora-poeta Dulce Miller, com os grafites do Juba e com a própria paisagem urbana.

Se visualizadas em conjunto, as fotografias possuem linguagem uniforme, porém sentido plural. Sob elas foram aplicadas a mesma luz, na qual contrastam sombras, cinzas e brancos.

Embora a escolha intencional do preto e branco indique plasticidade, intrínseca a natureza de sua composição, o objeto enfocado traz elementos subsidiados na estética. Talvez não passe de ilusão ou realidade criada, mas a imagem captada comunica. Indica mensagens e códigos subjetivos e subscritos ao universo de quem a recepciona. Nessa construção para o descondicionamento do olhar o despertar pode ser sobre qualquer coisa e fica a cargo da leitura de cada indivíduo.