61% dos paulistanos estão dispostos a trocar carro por transporte público, aponta pesquisa

17/09/2013 13:57 / Atualizado em 04/05/2020 12:15

Trânsito em São Paulo. E se todo mundo deixasse o carro em casa?
Trânsito em São Paulo. E se todo mundo deixasse o carro em casa?

Pesquisa realizada pelo Ibope a pedido da Rede Nossa São Paulo revela que o número de paulistanos dispostos a deixar o carro em casa aumentou. Segundo levantamento, que ouviu 805 pessoas entre 20 e 27 de agosto, 61% dos usuários frequentes deixariam o carro “com certeza” se o transporte público fosse uma alternativa de qualidade. Em 2012, o percentual foi de 44%.

Para deixar o carro em casa, os motoristas apontam a diminuição do tempo de espera e a melhoria dos veículos como fatores decisivos.

A avaliação do transporte público recebeu nota 4,1, em uma escala de 0 a 10. A pior avaliação desde o início da pesquisa, realizada anualmente desde 2008.

As faixas de ônibus exclusivas foram aprovadas por 93% dos entrevistados. Cada pessoa gasta, em média, 2 horas e 15 minutos diariamente no trânsito da cidade. 69% consideram o trânsito ruim ou péssimo.

Restrição

Apesar do aumento do uso do automóvel, de 23% para 27%, a pesquisa revela que as políticas de restrição aos automóveis ganharam maior adesão em relação a 2012: a aprovação do rodízio de dois dias subiu de 37% para 49%; e a cobrança de pedágio urbano de 17% para 27%. Entre os usuários de carro, os índices são de 36% e 19% respectivamente.

Pouco mais da metade dos entrevistados, 53% são contrários a aumentar o preço da gasolina para baratear o transporte público. Fernando Haddad afirmou que, segundo estudo da FGV, um aumento de R$ 0,50 possibilitaria uma diminuição de R$ 1,20 na tarifa do ônibus.

A margem de erro é de três pontos percentuais.