11 locais bíblicos para uma viagem religiosa na Jordânia
Mesmo estando ao redor de regiões que estão constantemente em conflito, a Jordânia é um país tranquilo e pacífico
A Jordânia é um país moderno de cultura e histórias milenares. O país possui diversos lugares citados na Bíblia que podem ser conhecidos em um roteiro religioso. Muitos dos locais onde se julga terem acontecido milagres foram identificados, escavados e protegidos e agora estão acessíveis aos visitantes.
A Jordânia é um destino ideal para aqueles que procuram aliar cultural com o espiritual. O país valoriza a diversidade étnica e religiosa da sua população. Este espírito de tolerância é um dos elementos centrais que contribuem para o clima cultural estável e pacífico que prospera na Jordânia.
Mais de 92% dos jordanianos são muçulmanos sunitas e cerca de 6% são católicos. A maioria dos cristãos pertence à igreja ortodoxa grega, mas também há católicos gregos, uma pequena comunidade católica romana, ortodoxos sírios, ortodoxos cópticos, ortodoxos armênios e algumas confissões protestantes. Há ainda pequenas populações de xiitas e de drusos.
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Veja abaixo onze locais religiosos para conhecer em uma viagem ao país:
Betânia do Além Jordão
O local de assentamento de João Baptista na Betânia do Além Jordão, onde Jesus foi batizado, é muito conhecido da Bíblia (João 1:28 e 10:40) e dos textos bizantinos e medievais. O local foi identificado na margem leste do rio Jordão, no Reino Hachemita da Jordânia, e está sendo sistematicamente analisado, escavado, restaurado e preparado para receber peregrinos e visitantes.
A Betânia do Além Jordão fica a meia hora de carro da capital Amã. Os locais na zona de Betânia faziam parte da antiga rota de peregrinação cristã entre Jerusalém, Rio Jordão e Monte Nebo. Esta área também é associada ao relato bíblico que conta como o profeta Elias subiu aos céus em uma carruagem de fogo.
Monte Nebo
Do promontório de Nebo, Moisés avistou a Terra Santa de Canaã, na qual jamais entrou. Morreu e foi enterrado em Moabe, “no vale em frente a Beth-peor”. O local exato do seu túmulo é uma incógnita.
Após consultar o oráculo, Jeremias escondeu a Arca da Aliança, a Tenda e o Altar de Incenso no Monte Nebo. O tornou-se ponto de peregrinação para os cristãos primitivos de Jerusalém e ali foi construída uma pequena igreja no século 4 para assinalar a morte de Moisés.
A igreja foi expandida nos séculos 5 e 6 até à grande basílica atual com a sua impressionante coleção de mosaicos bizantinos. A Cruz Serpenteante, que fica fora do santuário, é símbolo da serpente de bronze que Moisés levou para o deserto e da cruz em que Jesus foi crucificado.
Amã
Amã, capital da Jordânia, e seus arredores são referidos na Bíblia como Ammon ou Reino dos Amonitas, famoso pelas suas águas termais e pela cidadela. Ali se passou o episódio Bíblico de David e Golias (Urias, o hitita). As fortificações impressionantes onde Davi, antepassado de Jesus, expôs Urias à morte para que pudesse casar com a sua viúva Bate-Seba ainda estão de pé.
Umm Qays
Umm Qays é o local onde Jesus fez o milagre dos porcos de Gadara. Foi ali que Jesus encontrou um homem louco que vivia nos túmulos perto da entrada da cidade e expulsou os espíritos maus de seu corpo, passando-os para um rebanho de porcos, que se precipitou em direção à morte nas águas do Lago de Genesaré.
Em Umm Qays foi recentemente descoberta e escavada uma basílica do século 4. A disposição única da igreja sobre um túmulo romano-bizantino indica que foi construída para marcar o local que os fiéis bizantinos acreditam ter sido onde Jesus fez o milagre.
Anjara
Acredita-se que Jesus Cristo, seus discípulos e a Virgem Maria passaram por Anjara uma vez e descansaram em uma caverna durante uma jornada entre o Mar da Galileia, as cidades de Decápolis, Betânia além do Jordão e Jerusalém.
A caverna em Anjara tem sido um lugar sagrado para os peregrinos e agora é celebrada com um santuário moderno, a Igreja de Nossa Senhora da Montanha.
Mukawir
Josefo, historiador romano-judeu do século 1, identifica o local impressionante de Mukawir (Maquero) como o palácio/forte de Herodes, governador da região nomeado pelos Romanos durante a vida de Jesus Cristo. Foi neste palácio no alto da colina que Herodes Antipas, filho de Herodes, prendeu e mandou decapitar João Baptista, após a dança fatídica de Salomé.
Madaba
Madaba e os arredores são mencionados várias vezes no Antigo Testamento. Era conhecida como Medeba e mencionada nas narrativas relacionadas com Moisés e com o Êxodo, a guerra de David contra os moabitas, o oráculo de Isaías contra Moabe e a rebelião do Rei Mesa de Moabe contra Israel.
Entre os séculos 4 e 6, o próspero centro eclesiástico de Madaba produziu uma das melhores coleções de mosaicos bizantinos do mundo com muitos exemplos bem conservados. Há vários mosaicos em chãos de igrejas que podem ser vistos no local original, enquanto outros estão em locais protegidos e são exibidos no Parque Arqueológico de Madaba.
A verdadeira obra de arte de Madaba, na Igreja Ortodoxa de S. Jorge, é o mapa de mosaicos do século 6 de Jerusalém e da Terra Santa –o mais antigo mapa religioso da Terra Santa que sobreviveu da Antiguidade até hoje.
O Mar Morto e a Caverna de Ló
O Mar Morto é um dos locais mais dramáticos do planeta terra, com um ambiente natural surpreendente e um poderoso simbolismo espiritual. Foi nas famigeradas cidades de Sodoma e Gomorra, e em muitos outros locais da planície do Mar Morto, que se passaram as histórias de drama e sofrimento do Antigo Testamento, incluindo a de Ló, cuja mulher se transformou numa estátua de sal por desobedecer a vontade de Deus.
Ló e as suas duas filhas sobreviveram e fugiram para uma caverna perto da pequena cidade de Zoar (a atual Safi). A Bíblia conta que as filhas de Ló deram à luz filhos cujos descendentes se tornariam o povo amonita e moabita. O reino dos amonitas e moabitas ficava no que é atualmente o centro da Jordânia.
Acredita-se que os locais das cidades de Sodoma e Gomorra são as ruínas das antigas cidades muralhadas de Bab ed-Dhra’ e Numeira, na planície central a sudeste do Mar Morto. Em uma colina acima de Zoar, os cristãos bizantinos construíram uma igreja e um mosteiro dedicado a S. Ló. O complexo foi construído em volta da caverna onde Ló e as suas filhas encontraram refúgio
Pella
Alguns dos acontecimentos mais importantes nas vidas de Jacó e Esaú, filhos de Isaac, se passaram na Jordânia antiga. A atual Pella (antiga ‘Penuel’, que significa ‘a face de Deus’) foi batizada por Jacó após ter lutado toda a noite com Deus sob a forma de um homem ou anjo (Génesis 32:24-30).
Acredita-se que o enorme templo da Idade do Bronze e do Ferro descoberto em Pella, no norte do Vale do Jordão, é o mais bem preservado do Antigo Testamento em toda a Terra Santa.
A Estrada do Rei
A Estrada do Rei, rota mais antiga e mais usada do mundo, ligava a antiga Bashan, Giliad e Ammon, no norte, com Moabe, Edom, Paran e Midian, no sul. Abraão, patriarca comum de judeus, cristãos e muçulmanos, que passou pela Jordânia de norte a sul, certamente teria usado esta via durante a sua viagem da Mesopotâmia até Canaã.
Moisés perguntou ao Rei de Edom se ele e o seu povo podiam “ir pela Estrada do Rei” durante a sua viagem até Canaã, mas o seu pedido foi recusado.
A Estrada do Rei também é mencionada em uma história anterior do Génesis (Génesis 14:5-8) sobre os Reis do norte que atacaram Sodoma e Gomorra e as três cidades restantes da Planície.
Petra
Petra é mencionada no Antigo Testamento sob vários nomes possíveis, incluindo Sela e Joktheel (II Reis 14:7). Durante o Êxodo, Moisés e os Israelitas passaram pela zona de Petra em Edom. A tradição local conta que a nascente em Wadi Musa (Vale de Moisés), à saída de Petra, foi o local onde Moisés bateu na rocha e fez jorrar água (Números 20:10-11).
Aarão, irmão de Moisés e Míriam, morreu na Jordânia e foi enterrado em Petra no Monte Hor, hoje em dia conhecido por Jabal Harun em árabe (Monte Aarão). No cume da montanha foi construída uma igreja bizantina e, posteriormente, um templo/túmulo islâmico de Aarão, que hoje atraem peregrinos de todo o mundo. Petra foi certamente a última parada dos três reis magos, que levaram incenso, ouro e mirra para adorar o Menino Jesus em Belém (Mateus 2:1-12).