A trilha que vale cada gota de suor no Rio de Janeiro (com vista de outro mundo)
A trilha até o Pico do Pão de Açúcar no Saco do Mamanguá, no Rio de Janeiro, é intensa, mas compensa com uma vista surreal. Veja como foi a experiência
Paraty é cheia de cantinhos incríveis, mas tem um lugar específico que atrai aventureiros de todo o Brasil: o Saco do Mamanguá. Um fiorde tropical com paisagens únicas, ele guarda uma trilha que promete suar até a alma — e recompensar com uma vista de outro planeta.

A subida ao Pico do Pão de Açúcar no Mamanguá é para quem gosta de um pouco de desafio, muito verde ao redor e recompensas em forma de paisagem. É um dos pontos mais altos e fotografados da região, com 425 metros de altitude e uma vista panorâmica da baía que vale cada passo (e tropeço) no caminho.
Como chegar no ponto de partida da trilha
O primeiro passo é chegar até Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro. De lá, você precisa ir até o Saco do Mamanguá, o que normalmente é feito de barco, partindo da praia de Paraty-Mirim.
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O trajeto de barco dura entre 20 e 30 minutos, dependendo das condições do mar e do ponto de desembarque. Para quem vai encarar a trilha do pico, o ideal é pedir para desembarcar na Praia do Cruzeiro, de onde parte o caminho até o topo.
Não há acesso direto por estrada até o começo da trilha, então programe-se bem com horários de transporte e agendamento de barco. O local é isolado e não conta com sinal de celular em muitos trechos.
A trilha até o topo: curta, íngreme e desafiadora
A trilha tem cerca de 1,5 km de extensão, mas não se engane: ela é considerada de nível médio a difícil, por conta da inclinação e do calor da mata fechada. O tempo médio de subida varia entre 1h e 1h30, dependendo do seu ritmo.
Há trechos com raízes, pedras soltas e algumas partes mais escorregadias. Vá com calçado apropriado, leve água e evite subir nos horários mais quentes do dia. O esforço físico é grande, mas a paisagem no topo é absolutamente surreal.
Do alto, você verá todo o formato do Mamanguá em curva, com montanhas emoldurando a baía azul-turquesa. É aquele tipo de imagem que você quer guardar na retina e, claro, no rolo da câmera.
O melhor horário para subir (e para voltar)
Para quem quer pegar a luz dourada e menos calor, o ideal é subir cedo, entre 7h e 9h da manhã. Outra opção linda, mas que exige atenção, é subir para pegar o pôr do sol.
Se for subir à tarde, não esqueça de levar lanterna ou headlamp, pois a descida no escuro pode ser arriscada. Além disso, sempre avise alguém sobre seu trajeto e horário de retorno.
Evite a trilha em dias de chuva. A lama e os trechos íngremes tornam o caminho muito mais perigoso e reduzem bastante a visibilidade no topo.

Vale mesmo a pena encarar essa subida?
Se você curte natureza, um bom desafio físico e uma vista para se orgulhar, a resposta é sim. O Pico do Pão de Açúcar do Mamanguá é uma das vistas mais impressionantes de todo o litoral fluminense.
Não é preciso guia, mas iniciantes podem se sentir mais seguros acompanhados. Há moradores locais que oferecem o serviço por valores acessíveis, especialmente na alta temporada.
Vale lembrar: o esforço é individual, mas a experiência é coletiva. Durante o caminho, é comum encontrar outros trilheiros e até famílias que decidiram fazer o percurso com calma.
Dicas extras para não se dar mal
Leve repelente, protetor solar, boné e, no mínimo, 1 litro de água por pessoa. Se quiser fazer um lanche no topo, prefira frutas, barras de cereais e alimentos leves.
Nada de deixar lixo na trilha — leve tudo com você até o retorno. E respeite o silêncio da natureza: a região é lar de diversos animais, inclusive aves de espécies pouco comuns.
Ah, e sim: o sinal de celular é quase inexistente. Aproveite isso como parte da experiência. Desconecte-se de verdade e conecte-se com o momento ali no alto.
Vale mais que a foto perfeita
Se você só quer a selfie perfeita para o feed, pode até conseguir. Mas quem sobe o Pico do Pão de Açúcar no Mamanguá sabe que a sensação é muito mais do que imagem.
É corpo cansado, mente leve, pés sujos de terra e alma cheia de paisagem. Uma das experiências mais intensas (e simples) que você pode ter em Paraty.
O Mamanguá não precisa de adjetivos exagerados. Ele só precisa de tempo, respeito e preparo. E quando você chegar ao topo, vai entender exatamente por quê.