Balneário Camboriú terá 1º porto exclusivo para cruzeiros do Brasil
Projeto do governo federal é aumentar de 7 para 40 navios de cruzeiro navegando pela costa brasileira até 2022
A cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, terá o primeiro porto com terminal exclusivo de passageiros de transatlânticos do Brasil.
O porto catarinense é o primeiro passo de um projeto que pretende construir 15 instalações voltadas para o turismo marítimo em todo o país. A expectativa é de que as obras comecem em até seis meses.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 25, pelo Ministério da Infraestrutura. O contrato de concessão para a empresa Ports Developed by Shiphandlers (PDBS), dona do projeto do BC Port, é válido por 25 anos, com possibilidade de prorrogar por igual período.
O projeto da PDBS prevê atracadouros para transatlânticos, um hotel e 21 restaurantes em uma área de 58 mil m².
A expectativa é de atrair mais empresas do setor de cruzeiros, mais navios para a costa brasileira, e aumentar significativamente o número de turistas e o impacto econômico do setor.
Segundo dados da Clia Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos), o país recebeu sete navios e teve 462,3 mil cruzeiristas na temporada 2018/2019, o que gerou uma movimentação de R$ 2,083 bilhões. Foram oferecidos quase 500 mil leitos no período, número 15% superior ao da temporada passada, e os navios registraram 100% de ocupação.
Os turistas tiveram um tempo médio de permanência de 5,5 dias e um gasto médio de R$ 2.929. Em cada cidade de escala, o impacto econômico médio gerado pelos cruzeiristas foi de R$ 581,35.
Expectativa de crescimento
Com a construção do primeiro terminal exclusivo de passageiros no porto de Balneário Camboriú, a estimativa é de que o impacto seja enorme no turismo marítimo brasileiro.
De acordo com projeções, mais cinco navios seriam atraídos, colocando mais 300 mil turistas na costa brasileira, sendo 120 mil estrangeiros.
Além disso, a expectativa é de criação de 1,5 mil empregos diretos e outros 10,5 mil indiretos. O impacto econômico seria de mais R$ 2 bilhões, um crescimento de 100% considerando os dados de 2018/2019.