Berço sul-africano da Indaba, Durban tem aventuras e gastronomia

Meu primeiro encontro com o oceano Índico foi na África do Sul, com direito a aventuras, cultura e gastronomia de primeira.

Desembarquei em Durban, para participar da maior feira de turismo de todo o continente, a Indaba.  A cidade, que também foi casa de Fernando Pessoa em 1895, recebeu o mundo durante a Copa  de 2010, com o moderníssimo Moses Mabhida Stadium, hoje, visita imperdível.

Trata-se de um balneário, desses com hotéis lindos, vista azul para o mar, inclusive do estádio, comida deliciosa, praia durante o dia e jazz à noite. Quem não ama?

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Descubra restaurantes fantásticos, o Big Swing, uma espécie de bung jump dentro do famoso estádio, e saiba mais sobre a Indaba, feira imperdível para quem ama viagens e quer conhecer os players de toda África.

Em 2018, a feira aconteceu em maio e trouxe mais de 7 mil pessoas do mundo todo, num aumento de 4% em relação aos valores do ano anterior. Mais de 1.100 expositores de toda África estiveram presentes.

Cheguei curiosa e ansiosa. Saí cheia de planos e com uma visão muito ampla do turismo no continente.

Moses Mabhida Stadium

O estádio lindíssimo foi construído especialmente para a Copa do Mundo de 2010. O nome, Moses Mabhida, foi dado em homenagem a um dos líderes na luta contra o apartheid.

Depois dos jogos, ao contrário de alguns estádios brasileiros que foram abandonados, o lugar se reinventou. Hoje é um dos símbolos de Durban, cheio de atrações inclusive para quem ama adrenalina.

Aventureiros certamente não vai perder o salto para balanço em queda livre mais alto do mundo, de acordo com o livro do Guiness.

A aventura chama-se Big Swing e acontece dentro do campo. O visitante sobe em uma plataforma a mais de 100 m acima do gramado, e, ao jogar-se preso a um elástico, balança em um arco de 220 m. O aventureiro atinge 120 km/h.

Ao parar no centro do estádio, a pessoa é içada de volta à plataforma.

Passe a foto do post do Instagram Lado B Viagem e veja também o vídeo do momento da aventura:

Confesso que não me arrisquei. Mas experimentei o Sky Car, que me recompensou com uma vista maravilhosa do Índico.

Trata-se de um funicular que sobe a 106 metros em um trilho, ao topo do estádio. De cima, vê-se toda a costa litorânea de Durban e dá para entender porque o balneário é um dos preferidos dos sul-africanos.

É possível subir para a mesma plataforma que leva o sky car por 500 degraus, com o passeio chamado Adventure Walk. São 20 minutos de subida.

Quem ama futebol e arquitetura vai também de tours históricos pelo estádio, que podem ser  feitos a pé, com guia, ou a bordo de um segway. Todos os preços das experiências estão no site do estádio.

Indaba

A maior feira de turismo de todo continente africano, Indaba, é uma enorme oportunidade para quem ama turismo e quer conhecer o profissionalismo com que os africanos, em geral, lidam com o assunto. E não estão para brincadeira.

Em 2019, A Indaba acontece de 7 a 9 de maio. Expositores trazem muito mais do que hotéis e safáris mais comuns.

Neste ano, conheci cruzeiros de luxo e safári em Botswana, para navegar em rios com hipopótamos em seu ambiente natural. Outros players mostraram acampamentos e aventuras na Namíbia, Quênia e em muitos países africanos.

São passeios e lodges em meio aos animais selvagens. Muitos hotéis daqueles dos sonhos, como este em que estive na África do Sul, em que os animais estavam soltos de frente para minha piscina.

Um pavilhão trazia só empresas da África do Sul, e foi lá que já comecei a me planejar para voltar. Meu próximo destino será  Cape Town.

Neste ano, estiveram presentes mais de 1100 expositores, com passeios, hotéis lodges, acampamentos, aventuras e culturas.

Foram representantes de mais de 80 países do continente. “Parceiros valiosos, que ajudam a mostrar o que a África tem de melhor para o mundo”, de acordo com Sisa Ntshona, CEO da South African Tourism, cujo estande trouxe experiências 3D pelo país e homenagens a Mandela.

“O objetivo da Indaba é criar uma plataforma que permita ao mundo fazer negócios com a África e os negócios estão acontecendo”.

O turismo é um dos pilares da economia sul-africana. De acordo com Sisa Ntshona, mais de um milhão de empregos estão no setor.

Na Indaba, sustentabilidade, que amo abordar no Lado B Viagem, foi um dos painéis de maior público, atentos a como preservar a beleza natural do continente riquíssimo em fauna e flora.

Mais painéis interessantíssimos de 2018 abordaram o legado de Mandela, neste ano de seu centenário, além de outros temas.

Onde comer

Na África do Sul come-se muito bem. Tudo bem-servido e, como a moeda é favorável, também barato. Em Durban não é diferente.

Quem curte uma cervejinha à beira-mar para uma comida despretensiosa pode almoçar no California Dreams, de cara para o Índico. Deguste saladinhas (no meu caso), hambúrgueres, pastas, frutos do mar e drinks.

Já um almoço mais sofisticado está no Havana Grill,  cuja especialidade é frutos do mar. Vegetarianos com eu vão se deliciar com o nhoque gratinado. Muito bem-servido.

Havana Grill fica no no Suncoast Casino, no Hotels & Entertainment, com vista de 180 graus para o Umhlanga Rocks. Do nome, vem o cardápio de charutos são importados de Cuba.

Para um jantar descolado, aposte no The Chef’s Table. Aliás, moderninho ou não, reserve sua mesa nesse lugar, pois aqui, o investimento é em uma experiência gastronômica.

Pratos milimetricamente montados pela chef premiada Kayla-Ann Osborn trazem ingredientes frescos, sazonais e criativos.

No meio do restaurante, está a cozinha, e você pode acompanhar o trabalho da mesa ou de um balcão.

Uma adega aberta a visitação traz muito mais do que os deliciosos vinhos sul-africanos. Rótulos de várias partes do mundo ficam à escolha.

Mas, se eu fosse você, iria de qualquer rótulo que identificasse Pinotage, uva típica sul-africana. Não é difícil se apaixonar pelos tintos sul-africanos.

A pinotage nasceu do cruzamento de outras duas bem conhecidas: Pinot Noir e Hermitage, nome dado no país para a uva francesa Cinsault.

Outro programão para um jantar especial em Durban é no 9th Av Bistro. Como vários prêmios no currículo, entre eles a melhor escolha sul-africana dos leitores da Conde Nast Gourmet Magazine, o bistrozinho tem comidas pra lá de criativas.

Há poucas opções para vegetarianos, mas bem-caprichadas, como o risoto trufado de alcachofra e cogumelos. Foi lá que provei uma sobremesa de sorvete de gin.

Se der sorte na data, a cada 9 meses, o bistrô tem jantares de menu fixo acompanhados por importantes vinícolas da África do Sul e do exterior.

Hotéis como os maravilhosos Hilton, Oyster Box e Berveley Hills também têm bares e restaurantes com  menus bem interessantes, além de oferecerem high tea, tradição sul-africana imperdível. Mas conto sobre eles em um outro post.

Nesta viagem, o blog esteve protegido com o seguro da GTA, como conto neste post, com dicas da moeda, passeios e sua chegada a Joanesburgo, porta de entrada do brasileiro na África do Sul.

O Lado B Viagem visitou o país a convite da South African Tourism e Latam Airlines