Durma com o rugido de leões neste ‘glamping’ na África do Sul

Woodbury tem tendas 'all inclusive' e dois safáris para ver os big 5 e dormir com o rugido de leões

Passar a noite em uma tenda de acampamento na África do Sul para fazer safári foi uma das aventuras mais autênticas que já fiz em viagens.

Durante a madrugada, você ganha de brinde o rugido de leões e uivos de outros animais, afinal, estará na casa desses bichos.

O Woodbury Tented Camp tem tendas para glamping (camping + glamour), a nova moda de viajantes.

Essa modalidade de hospedagem junta aventura de estar acampado na savana ao o conforto de um hotel cheio de estrelas.

Tendas ficam na reserva Amakhala, onde os animais estão no habitat natural na África do Sul
Créditos: Amakhala/Divulgação
Tendas ficam na reserva Amakhala, onde os animais estão no habitat natural na África do Sul

O acampamento está a 60 km a leste de Port Elizabeth, em uma reserva privada chamada Amakhala Game Reserve, com hotéis e lodges para safari, além vários projetos de sustentabilidade na África do Sul.

Como explica Mark Palmer, gerente da reserva, lá, a vida selvagem segue como deve ser.

“Os animais são selvagens e cuidam de si. O ecossistema natural significa que os predadores (leão, leopardo, chita, etc.) têm que matar para se alimentar”, conta.

Um veterinário é responsável ainda por qualquer problema. A reserva trabalha a  conservação sem interrupção da vida selvagem.

Minha tenda no Woodbury Tended Camp, na África do Sul, onde dormi com o rugido de leões
Créditos: Andrea Miramontes/Ladobviagem
Minha tenda no Woodbury Tended Camp, na África do Sul, onde dormi com o rugido de leões

Como é o Woodbury e quanto custa?

A tenda de lona lembra um quarto de hotel, com cama queen, roupa de cama, eletricidade, banheiro com água aquecida e um megaventilador. Esquenta, gente, estamos na África do Sul.

Uma varandinha dá de cara para a reserva de 8 mil hectares com os animais em seu habitat natural. Uma cerca separa você e sua tenda dos animais na selva –soltos na casa deles.

A Amakhala tem os Big 5 para você encontrar durante os safáris: leão, elefante, búfalo, leopardo e rinoceronte, que estava com um bebê.

Tenda equipada na reserva Amakhala une a aventura do camping com o luxo de um hotel
Créditos: Amakhala/Divulgação
Tenda equipada na reserva Amakhala une a aventura do camping com o luxo de um hotel

Cada diária  custa 3.010 rands (a moeda local, o que dá R$ 860 aproximadamente), por pessoa em quarto duplo, e inclui dois safáris com guia (ranger ou tracker) na savana.

Em uma pesquisa rápida, achei diária na baixa por cerca de R$ 1.300 por casal.

O rio Bushman corta a reserva e permite que sejam feitos cruzeiros para observação dos animais. Dura uns 40 minutos com comidinhas e bebidas a bordo.

Na hospedagem, estão inclusas todas as refeições, bebidas e a fogueira com drinks à noite, para degustar vinho ou Amarula com chocolate.

Para chegar a qualquer quarto, há uma caminhada pela mata, supercharmosa, que começa depois da área de piscina.

A área é livre de malária e, sinceramente, não vi muitos insetos por lá.

Piscina do acampamento glamping para safari Woodbury , na África do Sul
Créditos: Andrea Miramontes/Ladobviagem
Piscina do acampamento glamping para safari Woodbury , na África do Sul

As refeições são servidas em um lounge principal de pedra e sapé, também de cara para a savana.

Com sorte, seu café da manhã antes das 6h, quando sai o safari, será na companhia de elefantes, que adoram passear por lá.

Com sorte, elefantes passam pela varanda onde é servido o café da manhã
Créditos: Amakhala/Divulgação
Com sorte, elefantes passam pela varanda onde é servido o café da manhã

Amakhala e sustentabilidade

Amakhala é uma reserva privada que tem um trabalho de conservação do ambiente, com os animais e a população local.

No total, são 10 lodges e acampamentos, mas com um controle rígido de número de hóspedes, para não impactar o ambiente.

Também nunca será permitida qualquer interação com os bichos, justamente para protegê-los.

Zebra fotografada durante o safari na Amakhala, reserva sul-africana
Créditos: Andrea Miramontes/Ladobviagem
Zebra fotografada durante o safari na Amakhala, reserva sul-africana

A reserva tem ainda programas de preservação e estudo de flora e fauna, além de apoiar o programa Isipho HIV/ Aids na aldeia local, chamada Paterson, que fica a 10 km.

O programa cuida de órfãos e crianças ​​ infectadas pelo HIV. Também oferece suporte e educação para adultos que vivem com o vírus.

O dinheiro para os programas, ajuda aos bichos e à comunidade local vem dos turismo, como explica Mark Palmer, gerente geral da Amakhala.

“Turistas desempenham um papel crucial na conservação de áreas selvagens na África, ao visitar e fazer safaris. Sem essa renda, não haveria como arcar com os custos das reservas.”

Cheetah que, com sorte, pode ser fotografada durante o safari
Créditos: Amakhala/Divulgação
Cheetah que, com sorte, pode ser fotografada durante o safari

Ele revela também que há lugares que devem ser evitados, como os que permitem interação com bichos.

“Alguns lugares não contribuem para a conservação. Normalmente, são lugares que oferecem contato com filhotes de leão ou passeios de elefante. Exploram e devolvem pouco”.

“Turistas devem verificar os padrões de conservação do estabelecimento. Parques Nacionais, reservas privadas com boa reputação (como Amakhala) e centros de rehabiliação de animais respeitáveis ​​têm diretrizes de conservação transparentes e boas críticas”.

Famílias inteiras flagradas durante o safari na Amakhala, até a mamãe do Bamby estava por lá
Créditos: Andrea Miramontes/Ladobviagem
Famílias inteiras flagradas durante o safari na Amakhala, até a mamãe do Bamby estava por lá

Para chegar ao Woodbury, dentro dessa reserva, você  voa para a África do Sul por Joanesburgo, e, de lá, outro avião leva a Port Elizabeth.

Caso queira, pode contratar um transporte do aeroporto até a reserva e acampamento, com eles, pago à parte.

Neste link, conto sobre a moeda local e sua chegada à porta de entrada na África do Sul, Joanesburgo.

Como protetora de animais e jornalista de viagens, digo, sem dúvida nenhuma, que a experiência de ver os animais no habitat deles foi simplesmente uma das melhores que já tive.

O Lado B Viagem viajou a convite da South African Tourism e Latam Airlines.

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Sou Andrea Miramontes, jornalista e viajante profissional no @ladobviagem. Faço roteiros veganos e vegetarianos pelo mundo, JAMAIS divulgo atrações que escravizem animais e caço soluções sustentáveis por onde passo. Meus projetos: Lado B Viagem e Patas ao Alto. Seja muito bem-vindo! Siga os instas @ladobviagem @patasaoalto e @andreamiramontes.real

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