CUB, restaurante zero waste com menu vegano imperdível em Londres
Chef Doug McMaster abriu o primeiro restaurante zero waste da Europa em 2014
O banquete orgânico deste restaurante de Londres é preparado no conceito zero waste (sem desperdício). No CUB, tudo é aproveitado na gastronomia, até sementes e folhas das leguminosas.
O restaurante fez parte da viagem vegetariana e vegana em Londres, com descobertas fantásticas para você se esbaldar.
O menu criativo do CUB é um programão. Por trás do projeto está o chef pioneiro em restaurantes zero waste na Europa, o chef Doug McMaster.
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McMaster fundou o restaurante Silo em 2014, primeiro no conceito do continente, localizado em Brighton, cidade a 1h30 de Londres.
CUB é um restaurante pequeno e minimalista, conta com poucos sofás amarelos em estilo retrô, que lembram uma lanchonete dos anos 50.
Mas não se iluda, é um reduto de alta gastronomia e poucos lugares.
O chef uniu-se a um dos bartenders mais criativos da cidade, o mago dos drinks Ryan Chetiyawardana, conhecido como Mr. Lyan, dos bares White Lyan, Dandelyan e Super Lyan.
Não fui aos bares, mas já estão na minha lista, pois os drinks são sensacionais.
O que pedir?
Sou vegetariana há 15 anos, também gosto do veganismo, e saí de lá com a certeza de que, a partir desse restaurante, meu conceito de alimentação subiu um degrau quanto à criatividade.
Reserve antes de ir e conte como é sua dieta, se vegetariana ou vegana. Apesar de ter pratos à la carte, indico fortemente o menu fixo em 10 etapas escolhidas pelo chef.
Ele intercala drinques de bebidas premiadas com os pratos e sobremesa. Custa 67 libras por pessoa (cerca de R$ 350) e vale cada centavo.
O restaurante aplica métodos sustentáveis na cozinha. Como? Além do conceito de aproveitamento, comida sazonal e fornecedores escolhidos a dedo.
Não é qualquer um que vende ao CUB. São garimpados pequenos produtores, principalmente locais, além de grifes alinhadas ao fair trade (comércio justo) e sustentabilidade.
McMaster não estava durante minha experiência, e chef Gus se encarregou do menu. Com a bancada na frente das mesas, você pode acompanhar o preparo dos pratos
Comecei com uma taça de espumante Krug Grande Cuvée, vintage, que dificilmente você encontra em outros lugares. É servida com um cubo de gelatina congelada, como gelo.
De entrada, tomate marinado em óleo de folha de figo. O segundo drinque leva maçã embebida no champanhe e pineapple weed, erva asiática anti-inflamatória usada para chás, conhecida como camomila selvagem.
Como base está a vodca sustentável Belvedere. A bebida polonesa foi escolhida não só pela qualidade, mas também pela responsabilidade social e ambiental da marca.
Premiada, doa parte dos lucros para o combate ao HIV na África. Mais de 40 mil mães soropositivas tratadas já deixaram de transmitir o HIV para seus bebês. Deu até vontade de comprar uma garrafa.
Belvedere só trabalha com poucos produtores locais e reduziu as emissões de CO2 em sua produção em 42%, desde 2002.
Em seguida, veio o drinque com “ugly peaches”, pêssegos feios porém superdoces. Lyan criou a bebida para usar frutas rejeitadas, que normalmente seriam descartadas.
O drinque tem como base o uísque Bruichladdich, destilaria escocesa da ilha Islay, uma das melhores do mundo.
Se não toma uísque, a bebida pode ser substituída por uma dose de um pinot blanc francês Josmeyer, que produz vinhos orgânicos com técnicas de agricultura que preservam o ambiente.
O prato principal é o “whole broccoli”, um grande brócolis inteiro servido com molho de cogumelos, purê de brócolis e a invenção de Mac Doug, caviar do legumes.
O rare tea, após o prato principal, é outra genialidade de Lyan. Pêssegos prensados em tequila e cassis são servidos com chá de wild rooibos, planta originária da África do Sul.
Para sobremesa, experimentei um sorvete de óleo de abóbora com base de caramelo branco e calda de menta.
Assista ao vídeo no Instagram que mostra o encontro da calda com o caramelo. Passe a seta do post e segure a saliva.
Antes de terminar, mais um drink especial com creme de grasshopper, chocolate e chá de menta inglês.
Além de McMaster e Lyan, fazem parte do CUB a Krug Champagne, Belvedere e Arielle Johnson, do Noma, agora MIT, em Boston.
Durante todo o programa, a trilha sonora passa dos anos 70, 90 até hits atuais. Garçons explicam a história de cada prato e drink servido, o que deixa a sua refeição, sem dúvida, muito mais interessante.
Menu pode ser vegano ou vegetariano, como muitos restaurantes em Londres, deixe clara a preferência na reserva.
Não é um programa rápido, nem para levar crianças. Coma sem pressa. Deguste cada e gole dos drinques deliciosos.
COMO CHEGAR: CUB – 153 Hoxton Street
Dentro do metrô, faça conexão com trens, sem sair da estação nem pagar outro bilhete. Desça na Hoxton Rail Station. O restaurante fica a duas quadras da saída.
O blog Lado B Viagem viajou a convite do Visit Britain