Dia Mundial dos Animais: documentários mostram exploração no turismo
Filmes revelam bastidores reais de parques que aprisionam golfinhos, orcas e tigres
Neste 4 de outubro, Dia Mundial dos Animais, é uma excelente oportunidade para descobrirmos juntos os bastidores cruéis da indústria do turismo com bichos.
Como protetora de animais e jornalista especialista em viagens, contribuo com documentários incríveis, para repensarmos passeios e lugares valem nosso dinheiro.
Não há mais espaço para shows com bastidores cruéis, aprisionamento de animais para selfies e montaria que esgota o animal até a morte. São só alguns exemplos.
- Leopardos raros morrem após contrair Covid-19 em zoológico dos EUA
- Faz mal dar banho no pet em dias de muito frio? Confira 10 dicas
- Cães e gatos ganham vagão de luxo em trem turístico de São Paulo
- Quatro regras para fugir da crueldade com animais no turismo
Há empresas do turismo que lutam contra esses passeios e sequer vendem ingressos para esses lugares.
Não pagar por atrações que exploram é uma atitude sábia e consciente.
Se você ama a fauna, pode ver também as regras básicas para turismo com animais. Vamos a dois documentários essenciais.
Blackfish
O documentário lançado em 2013 foi uma bomba no mundo dos parques que aprisionam golfinhos e orcas para shows e selfies. Veja o trailer.
Ele mostra como esses animais enlouquecem, se deprimem e morrem antes do que deveriam quando estão em cativeiro.
Imaginem uma orca, que na natureza nada mais de 100 km por dia, ficar presa em um tanque. More trancado no seu banheiro e saberá como é.
A narrativa foca na história de Tilikum, baleia rotulada como “assassina”, que, por nervosismo e loucura do aprisionamento, matou várias pessoas em cativeiro.
É emocionante e revoltante. Imagens revelam o arrependimento de pessoas que trabalharam nesses parques, o tratamento cruel que os animais recebem e como escondem os maus-tratos.
Se você paga, é conivente com tudo. Sabendo a verdade, fica mais claro o dever de trocar esses parques por outros passeios que levam para ver animais livres na natureza.
Máfia do Tigres
Lançada em 2020, a série A Máfia dos Tigres mostra os bastidores horrorosos de zoológicos de felinos nos EUA. Mas poderia ser qualquer zoológico, em qualquer parte do mundo.
Tiger King é chocante. E nem falo das loucuras dos personagens, que nada temos com isso. O revoltante é a forma como tigres são usados para vaidade e, principalmente, para lucro milionário.
Eles colecionam felinos e os exibem ao cobrar ingressos. Forçam reprodução para usar os filhotes.
Ao nascer, bebês são tirados das mães ainda mamando, para serem guardados em caixinhas de papelão, berrando pela ausência materna.
Assim, são separados para que turistas façam selfies ou deem mamadeira. Você ainda acha essa selfie bacana?
Muitas vezes, a mãe é morta a tiros. Um adulto que não foi vendido e que não conseguiu ser adestrado tem manutenção cara, sem dar lucro.
Um dos magnatas da área, Joe Exotic, diverte-se com fotos e o “poder”que exibe ao lado de felinos aprisionados. Vende e lucra milhões com os tigrinhos.
O documentário mostra ainda falsos santuários, que têm, na verdade, a função de enriquecer os donos.
Iludido, o visitante do lugar acha que protege animais. Na verdade, são explorados para mais lucro. Só estariam protegidos se fossem redirecionados para o habitat natural deles.
Para descobrir passeios éticos em lugares sérios que protegem animais, siga o Lado B Viagem no Instagram.