Dois sonhos: volta ao mundo para transformar a educação no Brasil
Em fevereiro deste ano, a carioca Vanessa Tenório, 38 anos, encerrou um ciclo de 22 anos de carreira no sistema corporativo para mochilar pelo mundo sozinha pesquisando e desenhando uma nova educação para a sustentabilidade.
A jornada começou no dia 14 de março. O primeiro destino: Porto (Portugal). O roteiro (totalmente flexível) foi desenhado inicialmente da seguinte forma: Europa > África > Ásia > Oceania > América.
Abaixo a Vanessa faz um relato desses quase oito meses de aventura e conhecimento:
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Em março, embarquei numa jornada de volta ao mundo sozinha em benefício da educação e da sustentabilidade. Meu planejamento (totalmente flexível ao longo da viagem) é mochilar por cinco anos, um em cada continente, fazendo uma “nova graduação” na prática através de imersão em escolas inovadoras e comunidades sustentáveis.
Sonho em cocriar, no Rio de Janeiro, uma escola gratuita que vise o desenvolvimento natural e integral de cada criança por meio das suas próprias potencialidades e talentos. Um espaço na natureza em que elas possam brincar e escolher o que querem explorar no processo de aprendizagem. Meu propósito é contribuir para a formação de cidadãos ativos e conscientes do seu papel na construção de um mundo mais justo e solidário, incentivando a cooperação e não a competição.
Com um pouco mais de sete meses mochilando e gastando uma média de € 15 por dia, já visitei oito países no continente europeu e mais de 30 projetos. Neste período, constatei que é possível ser viajante, aprendiz, voluntária e agente transformadora ao mesmo tempo. Aprendi que a viagem é uma lúdica escola que nos ensina principalmente a respeitar as diferenças.
A base do meu projeto é a cooperação. Possuo um pequeno orçamento de € 20 por dia. Ofereço ajuda durante a minha passagem pelas cidades e geralmente recebo acomodação e alimentação em troca. Até o momento, só paguei por cinco diárias em Sarajevo (onde foi uma escolha minha hospedar-me em albergue). A média de gastos mencionada acima é basicamente com transporte, pois me desloco muito para visitar os projetos educacionais.
Quer saber como consigo viajar abaixo do limite do meu orçamento? Confira a íntegra do texto em O Viajante.