Em meio à crise política, Peru fecha acesso à Machu Picchu
O fechamento da rede de trilhas incas e do sítio arqueológico é por tempo indeterminado
O governo do Peru decidiu fechar, por tempo indeterminado, o acesso a Machu Picchu, um dos principais pontos turísticos do país.
“O fechamento foi ordenado devido à situação social e política e também para preservar a integridade dos visitantes”, diz o comunicado do Ministério da Cultura. Se você tem viagem marcada para o Peru, informe-se com a sua agência ou a companhia aérea sobre a situação do país.
O Peru vive uma onda de protestos sem precedentes pela renúncia da presidente Dina Boluarte. Desde o início das manifestações, em dezembro, mais de 50 pessoas já morreram.
No sábado, 21, o governo conseguiu resgatar 418 turistas, entre peruanos e estrangeiros, que ficaram isolados em Machu Picchu após manifestantes danificarem a linha ferroviária que dá acesso à cidade inca. Segundo a concessionária Ferrocarril Trasandino, trilhos da via foram retirados.
De acordo com o Ministério do Turismo, foram resgatados de 148 estrangeiros –a maioria italianos– e 270 peruanos. A operação envolveu dois trens que viajaram de Machu Picchu até a estação de Piscacucho, onde os turistas pegaram um ônibus até Cusco.
O aeroporto internacional de Cusco, porta de entrada para o sítio arqueológico, está fechado desde o dia 12 de janeiro.
De acordo com a agência de notícias AFP, ao menos 400 turistas estão presos em Aguas Calientes, povoado próximo a Machu Picchu.
A cidade pré-colombiana, localizada no topo de uma montanha, a 2,4 mil metros de altitude, no vale do rio Urubamba, é a principal fonte de renda da região.
No ano passado, o Peru recebeu cerca de 2 milhões de turistas estrangeiros.