Estrada Cunha-Paraty, uma das mais cenográficas do Brasil

Em parceria com Viagem em Pauta
22/03/2018 16:25 / Atualizado em 05/05/2020 10:04

Mãos firmes no volante e atenção redobrada.

Considerada uma das mais cenográficas do Brasil, a estrada Cunha-Paraty vai do interior paulista ao litoral sul fluminense. Recentemente, o Viagem em Pauta voltou para conferir as condições dessa via de paralelepípedos, reinaugurada, em 2016.

A estrada continua linda e apresenta boas condições de tráfego em boa parte de seus de 9,4 km de extensão.

Vista da Estrada Cunha-Paraty
Vista da Estrada Cunha-Paraty

No entanto, alguns trechos exigem atenção, sobretudo nos últimos dois quilômetros, já em território fluminense. Buracos e barrancos desprotegidos são alguns dos problemas que exigem atenção.

O motorista também deve levar em conta que é uma estrada estreita de pista única, com pontos por onde só passam um automóvel por vez.

Suas curvas acentuadas e sem visibilidade da pista contrária não favorecem ultrapassagens na maior parte do trajeto.

Sem nenhuma atração turística, a estrada passa pelo Velho Caminho do Ouro e pelo interior do Parque Nacional da Serra da Bocaina. Ainda assim, prepare-se para cruzar uma das mais belas estradas brasileiras, uma continuação da SP-171, entre Guaratinguetá e Paraty.

Vista da Serra da Bocaina, na estrada Cunha-Paraty
Vista da Serra da Bocaina, na estrada Cunha-Paraty

Fazer um bate e volta já vale como atração turística. Dá pra tomar café da manhã em Cunha, almoçar em Paraty e ainda voltar para o jantar no interior paulista.

Atrações

Quem vai sem pressa pode visitar também algumas atrações que ficam na SP-171, antes de entrar na Cunha-Paraty.

Vista da Estrada Cunha-Paraty
Vista da Estrada Cunha-Paraty

km 54,7

Lavandário é uma plantação de lavandas, inspirada na Provença, na França. Os finais de tarde com vista para campos de lavanda entram fácil para a lista de um dos mais belos do Brasil.

km 56,2

Localizado em uma área de Mata Atlântica com mais de 330 mil hectares, o Parque Estadual da Serra do Mar tem trilhas que vão de 1,7 km (Trilha do Rio Paraibuna) a 14,4 km (Trilha das Cachoeiras).

km 66

Pedra da Macela pode ser visitada, após uma caminhada de dois quilômetros por terreno íngreme até uma das mais belas imagens de Cunha. A 1.840 m de altitude, no Parque Nacional da Serra da Bocaina, esse pico tem vistas de Paraty, da baía de Ilha Grande e de Angra dos Reis.

Vista do alto da Pedra da Macela, em Cunha
Vista do alto da Pedra da Macela, em Cunha

Como chegar

Quem vem da capital paulista, segue até o km 65 da Dutra, onde fica a entrada para a SP-171, estrada que vai de Guaratinguetá a Cunha.

A Cunha-Paraty é uma continuação da SP-171, cujo km 46 dá acesso ao centro de Cunha.

Pedágios
Para quem vem de São Paulo são quatro pedágios, em cada sentido: R$ 3,50 (Arujá); R$ 3,50 (Guararema); R$ 6,30 (Jacareí) e R$ 14,40 (Moreira César)

(* valores atualizados em março de 2018)

Dicas

Antes de pegar a estrada, é recomendável fazer uma revisão do carro, com atenção especial para os seguintes pontos:

– os pneus devem estar em excelente estado de conservação e, devidamente, calibrados de acordo com o manual do fabricante;

– componentes dos freios, como pastilhas e tambores, devem estar em excelentes condições e respectivo fluído no nível e dentro da validade;

Estrada Parque, entre Cunha e Paraty
Estrada Parque, entre Cunha e Paraty

– revise também as palhetas do limpador do para-brisa, para garantir melhor visibilidade. A estrada Cunha-Paraty costuma apresentar diferenças condições climáticas, como chuvas e neblina, em alguns pontos de serra;

– verifique também o nível de água do radiador e o fluido da direção hidráulica, se for o caso.

– viaje sempre com os faróis baixos acesos, inclusive durante o dia, e evite luz alta, lanternas ou luzes auxiliares (de milha ou neblina), para garantir a melhor capacidade de visualização, sem ofuscar os demais motoristas;

– nas descidas deve-se optar por marcha que permita o veículo trafegar próximo à velocidade máxima da via, evitando frenagens constantes ou aquecimento dos freios, além de ajudar na economia de combustível;

– não é raro trechos de desmoronamento, após temporadas de chuvas. Para informações mais atualizadas sobre a situação da estrada, a melhor fonte são os moradores locais. Por isso, informe-se no hotel reservado ou nas atrações, antes de pegar a estrada.

(* fonte mecânica: Marcus Romaro – Engenheiro de Controle de Tráfego do Campo de Provas da Ford em Tatuí)