Governo limita voos no Santos Dumont, no Rio; veja o que muda
A medida tem como objetivo beneficiar o aeroporto internacional do Galeão
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, assinou nesta quinta-feira, 10, a portaria que limita voos no aeroporto Santos Dumont, na zona sul do Rio de Janeiro.
A transferência de partes do voos para o aeroporto internacional Tom Jobim (RIOgaleão), no entanto, só entrará em vigor a partir de 2 de janeiro de 2024.
O prazo é para permitir a adequação da malha por parte das empresas aéreas, minimizando, assim, o impacto sobre os passageiros.
O que muda com transferências de voos do Santos Dumont
Pela portaria, voos de e para o Santos Dumont ficam restritos a perímetro de 400 quilômetros, excluindo os aeroportos internacionais. Ficam na rota, então, a ponte-aérea Rio-SP via Congonhas e voos para Vitória (ES).
Já os voos de Guarulhos e Viracopos (SP) e Confins (MG), por serem internacionais, não terão ligação direta com o Santos Dumont.
Ao contrário do que foi anunciado anteriormente pelo governo, Brasília não terá conexão com o Santos Dumont neste primeiro momento, mas pode ser incluído depois.
Entenda a mudança
A transferência de voos para RIOgaleão vem sendo debatida entre os governos federal e estadual e a prefeitura.
A medida tem como objetivo beneficiar o aeroporto internacional do Galeão, que tem registrado número menor de passageiros.
O Galeão tem a maior pista comercial do país e capacidade para 37 milhões de passageiros por ano. Em 2022, recebeu menos de 6 milhões. Atualmente, o terminal vem funcionando com 20% da capacidade.
Sem a redução, o terminal poderia fechar 2023 com cerca de 12 milhões de passageiros. Já o Santos Dumont tem operado no limite da operação, de 10 milhões de passageiros.