Hostels pelo Brasil apostam no feriadão para espantar crise
Viajantes que buscam a experiência dos hostels estão dando preferência para acomodação em quartos privativos
O setor de turismo, um dos primeiros que viu seus negócios serem impactados pela pandemia, começou a ver uma mudança de cenário no feriado da independência, em 7 de setembro. Para o próximo feriadão, 12 de outubro, a expectativa do mercado é chegar perto dos 100% de ocupação, respeitando os limites estabelecidos pelos decretos que limitam a utilização dos espaços para manter os protocolos de segurança sanitária.
Na Praia do Rosa, disputado destino em Imbituba (SC), os 100% da ocupação permitida já é uma realidade para o Rosa Surf Hostel. “No feriado anterior não tínhamos anunciado a reabertura e tivemos poucos hóspedes, mas a Praia do Rosa ficou bem movimentada”, revela o sócio do hostel, Luis Fidelix.
Mineiros e paulistas estão entre os que procuram camas no Copa Hostel, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Segundo o sócio do hostel, Luis Geraldo, no contato com os hóspedes eles já passam todas as novas regras para se hospedar. “Já informamos nosso protocolo, como redução de pessoas nos quartos, ventilação obrigatória, proibição de uso de ar condicionado, sanitização com hipoclorito etc.”, conta.
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#DicaCatraca: sempre lembre de usar a máscara de proteção, andar com álcool em gel, respeitar o distanciamento social e sair de casa somente se necessário! Caso pertença ao grupo de risco ou conviva com alguém que precise de maiores cuidados, evite passeios presenciais. A situação é séria! Vamos nos cuidar para sair desta pandemia o mais rápido possível. Combinado?
Ainda no Rio, o Do Samba Hostel está em uma situação um pouco diferente. Eles se mantiveram fechados desde o início da pandemia e o feriado será a primeira vez que o casarão temático em Botafogo voltará a receber hóspedes. “Estamos com 90% de ocupação sem abrir nas OTAs e estamos na esperança do feriado de novembro também ser bom. Mas não ficaremos abertos direto, vamos acompanhando a demanda e abrir aos fins de semana até valer a pena voltar”, planeja Natasha Rosa, sócia do hostel.
Com maior procura por quartos privativos, a hosteleira Marlene Fialho, que mantém o Don Preguiça Hostel, em Alter do Chão (PA), revela que a principal questão dos seus hóspedes é “se os passeios vão estar funcionando e sobre a taxa de ocupação dos quartos”. Por lá eles já estão com uma ocupação de cerca de 40% para o feriado da próxima semana.
Se engana quem pensa que só as cidades mais distantes ou com praia estão no radar dos viajantes. No Ô de Casa Hostel, na Vila Madalena, em São Paulo, a diferença de procura do último feriado para esse é grande. “Todos os nossos privativos já estão vendidos desde a última sexta-feira e continuamos tendo procura”, comemora Marina Moretti, sócia do hostel, que atrela essa alta procura à mudança do perfil de público do hostel, que deixou de receber majoritariamente estrangeiros para hospedar mais brasileiros.