Praia no inverno? Em Maresias, surfe dá o tom quando cai a temperatura
Além de quem já pega onda, nas férias de julho é possível colocar os pequenos para terem aulas e conhecerem mais do esporte
Pensar em destinos de praia como Maresias só no verão pode ser realidade para muitos brasileiros, mas tem uma galera que prefere esse período do ano para curtir um tempo pertinho do mar. Os dias –apesar de frios– são bonitos e tem muita coisa para fazer quando não dá pra pegar um bronze.
Conhecida por ter forjado o campeão mundial Gabriel Medina, a praia de Maresias, na costa sul de São Sebastião, litoral norte de São Paulo, é um desses destinos que atraem uma galera mesmo quando as temperaturas começam a cair.
As famílias, aproveitam para curtir os bares e restaurantes locais com mais tranquilidade; os surfistas, esses se protegem com suas roupas de borracha – afinal a água fica bem fria – e se jogam na melhor temporada de ondas do ano.
A idade varia muito. Tem aqueles que já são experientes; os jovens começando a trilhar uma história, quem sabe pensando em uma medalha, já que o esporte entrou para os Jogos Olímpicos; e sempre os que estão fazendo as primeiras aulas. As ruazinhas do bairro respiram a cultura do surf, isso é inegável.
Quem sente bem essa movimentação da mudança de perfil de público é Lina Umino, do Maresias Hostel. “O público do verão é aquela galera que quer calor, praia o dia inteiro. Tem muita gente que gostaria de vir, mas pensa que não vai ter o que fazer na praia, principalmente com as crianças na praia”, afirma.
Uma das maneiras que o hostel encontrou para mostrar ao público todo o potencial de Maresias no inverno foi as redes sociais. Uma equipe de turistas colaborativos está no hostel para produzir conteúdo e socializar com a galera que escolhe o hostel, que comemora esse ano 20 anos de praia, para pegar onda.
Sempre é tempo de aprender
Há 20 anos dando aula nas areias de Maresias, Gustavo Simba, vive essa realidade e já viu gerações de locais e turistas passarem por suas instruções. “Tem aluno meu de 20 anos atrás, que eu conheci criança e hoje tá aí adulto e ainda surfando”, orgulha-se.
Segundo o professor, em poucas aulas a criança já está ficando em pé e pegando amor pelo esporte. “Normalmente depois de 5 ou 6 aulas, dependendo do desenvolvimento de cada um, eles já estão pegando onda em prancha pequena”, explica.
O profissional ainda faz questão de ressaltar que a praia tem muitas peculiaridades e, antes de qualquer um cair no mar, “é importante buscar o auxílio de um bombeiro ou professor de surfe local”.
Por questões de segurança, as aulas – principalmente com crianças – são individuais. Grupos pequenos até rolam, mas só se mar estiver bem tranquilo. Uma aula avulsa sai por R$ 150 e, em pacotes de 5 e 10 aulas, os valores ficam em R$ 130 e R$ 120, respectivamente.
Hostel e surfistas é match certo!
O ambiente descontraído, aquela cara de casa de amigos que a gente sabe que tem em um bom hostel combina muito com o da galera que quer pegar onda.
“O publico do surfe tem tudo a ver com a cultura de hostel. Temos lugar para eles guardarem as pranchas e até para alugar, caso a pessoa não queira trazer”, conta a hosteleira. A integração fica por conta da área comum com duas piscinas e decks de madeira que reúnem a galera no pós praia.
No hostel, além da decoração cheia de detalhes que remetem ao surfe, os hóspedes podem escolher uma entre as mais de 40 suítes disponíveis.
Tem os tradicionais quartos compartilhados, com diárias a partir de R$55, mas também tem opções de quartos privativos (diárias a partir de R$96), todos com banheiro, que hospedam tranquilamente um pequeno grupo de amigos ou uma família.
As diárias incluem café da manhã e o hostel tem espaço e está preparado para quem está fazendo home office e quer dar uma mudada de cenário.
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