Morro de São Paulo e Boipeba, um destino completo no sul da Bahia

Após nos aventurarmos pelas estradas off-road da Península de Maraú seguimos viagem para um destino em que o nosso carro teria um descanso e nós muito a explorar: a Ilha de Tinharé, no município de Cairu, que engloba Morro de São Paulo, Ilha de Boipeba e outras ilhas do sul da Bahia.

Igreja Nossa Senhora da Luz na Entrada da Ilha, Morro de São Paulo[/img]

No porto pegamos a balsa convencional que leva para Morro de São Paulo. Fomos com a convencional porque nos disseram que levaria 1h30 e ela é bem mais barata, custa R$ 10 por pessoa e a lancha R$ 22. Mas levou 2h30 e vai meeeega lotada, de gente e de mercadorias. O bacana é curtir a paisagem e conversar com os nativos, mas acaba sendo bem cansativo.

Chegando em Morro de São Paulo, o portal da vila estava em reforma, bem como o forte que está em restauração. Passando pelo portal nos deparamos com uma ladeira que leva à praça de entrada, não tem como fugir. Aliás, Morro tem várias ladeirinhas espalhadas pela vila de acesso às praias ou pontos turísticos, algumas possuem escadinhas laterais para ajudar na subida. Como bons desbravadores, seguimos direto para as praias, para termos uma ideia de distâncias e já irmos sondando pousadas possíveis de ficarmos.

Tirando as ladeirinhas, a Primeira, Segunda, Terceira e Quarta praias não são muito distantes, apenas a Quinta praia que é mais longe. Encontramos um “informante de turismo” que tentou nos ajudar a encontrar uma pousada, mas desistimos dele porque em todas as opções que ele nos levou o preço estava acima do orçamento. Voltamos para a praça principal e tivemos a sorte de encontrar a Pousada da Praça, uma pousadinha bem bacana, bem localizada e dentro do nosso orçamento. Além disso, conhecemos a Jane e fizemos uma amiga de longas boas conversas.

 

No dia seguinte fomos passear pelas praias, aliás, que lindas praias, e quando chegamos à quarta praia tivemos a surpresa de ver as encantadoras piscinas naturais. Dia de maré super baixa, que proporciona piscinas naturais com peixinhos coloridos ao alcance de todos, muito próximas da areia, sem ser preciso lancha ou barco. Ficamos encantados. Além de praias lindas de águas transparentes e de um azul esverdeado incrível, as piscinas naturais tornam o local ainda mais perfeito. Aproveitamos também as águas calmas da segunda praia para um banho.

Morro de São Paulo é um daqueles lugares completos, durante o dia tem praias paradisíacas, piscinas naturais com peixinhos coloridos e opções de passeios para outras maravilhas da região e, durante a noite, várias opções de hospedagem e uma estrutura de lojas, cafés, bares e restaurantes que dão ao turista tudo que ele precisa para se sentir no lugar perfeito. Tem para todos os gostos e todos os bolsos.

A noite é agitada em toda a ilha, principalmente na orla da segunda praia. Restaurantes com mesas super confortáveis na areia e música ao vivo animam e competem entre si pelos turistas. Em alguns momentos os músicos até se revezam, um toca meia hora, para, e o outro do bar ao lado inicia. Promoções e drinques gratuitos de boas vindas ajudam na escolha, mas o que realmente conquista é a música que está rolando.

No primeiro dia escolhemos um que estava tocando MPB, curtimos ali nos sofazinhos confortáveis e pedimos uma porção. Quando a música ali acabou caminhamos um pouco a frente e o bar lá estava tocando forró, curtimos uma dança ali mesmo na areia. No segundo dia fomos ao Buda Beach e curtimos uma banda incrível, ela parou Morro de São Paulo, todos que passavam pela orla paravam poi ali para curtir e dançar uma música, foi muito divertido.

De Morro saem vários passeios de lancha para outros vilarejos da ilha. Nós escolhemos ir no passeio que passa pelas piscinas naturais de Garapuá e Moreré, Vila de Boipeba, Rio do Inferno e a cidade histórica de Cairu. Um passeio que dura quase o dia todo, saímos as 9h e voltamos perto das 17h. Nossa primeira parada foi às piscinas naturais de Garapuá. Depois para as piscinas de Moreré, a atração mais esperada por nós. Infelizmente ficamos um pouco frustrados. Haviam muitas lanchas, muita gente e muitos resíduos de corais sobre as águas, que deixavam a água muito turva. As piscinas da quarta praia de Morro estavam muito mais transparentes e cheias de peixinhos. Não temos certeza, mas achamos que as lanchas estão chegando muito perto dos corais e por isso tantos resíduos.

De lá fomos para a Vila de Velha Boipeba, bem menos desenvolvida que a vizinha Morro de São Paulo e quase sem opções ao turista, mas claro, com seu charme bucólico de interior. Navegamos pelas águas do Rio do Inferno e demos uma pausa na cidade de Cairu, uma das mais antigas do Brasil. Voltamos para Morro já no pôr do sol.

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Relato por Luciana de Paula, do blog Minha Viagem Perfeita