Obras da 1ª fase do trem turístico Rio-Minas são finalizadas
Trajeto terá 168 quilômetros e vai ligar oito cidades nos dois estados
A primeira etapa das obras de implementação do trem turístico Rio-Minas entrou na fase final de conclusão. A rota vai ligar as cidades de Três Rios, no sul fluminense, a Cataguases, na Zona da Mata mineira, num trajeto total de 168 quilômetros.
Nesta primeira fase foram recuperados 37 quilômetros de linha férrea, entre as cidades Três Rios e Sapucaia, no lado fluminense, e o munícipio de Chiador (MG). A iniciativa é da ONG Amigos do Trem.
O trecho recuperado está passando por vistoria. Após finalizada esta etapa, a via passará por testes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
A expectativa é de que o primeiro trecho do trem turístico Rio-Minas seja inaugurado até dezembro.
Trem turístico Rio-Minas
O projeto para implantação do trem turístico que vai ligar os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais foi iniciado em 2016 e idealizado por Paulo Henrique do Nascimento, que morreu aos 45 anos em 2018 por causa de um câncer.
A linha irá operar com 15 carros de passageiros com a capacidade de transportar até 837 passageiros por viagem, em ambos os sentidos simultaneamente, quando estiver em funcionamento total.
Segundo a ONG Amigos do Trem, todos os carros serão equipados com ar condicionado, o que proporcionará ainda mais conforto aos passageiros.
O trem Rio-Minas vai passar por oito cidades: Três Rios e Sapucaia, no Rio de Janeiro, e Leopoldina, Recreio, Volta Grande, Além Paraíba, Chiador e Cataguases, em Minas Gerais.
Maior projeto ferroviário do Rio
O projeto é atualmente o maior do setor ferroviário do estado do Rio de Janeiro.
“O Trem Rio-Minas representa uma oportunidade única de impulsionar o turismo, fomentar a economia local e regional, gerar empregos e promover o desenvolvimento sustentável das comunidades envolvidas”, diz Cyntia do Nascimento, presidente da Amigos do Trem.
A reforma dos 37 quilômetros iniciais exigiu um investimento significativo, aproximadamente R$ 45 milhões, sendo parte proveniente da ONG e parte proveniente das prefeituras envolvidas.
Porém, Cyntia revela que grande demanda que o projeto enfrenta atualmente é a falta de apoio financeiro. “Como um projeto de grande porte e impacto social, acreditamos que ele deveria receber uma atenção especial e um suporte mais significativo em termos de recursos financeiros”.