Óleo se espalha pelo Nordeste e atinge Canoa Quebrada, no Ceará
Resíduos chegaram a 88 municípios e 233 localidades do litoral nordestino
As manchas de óleo que atinge às praias do Nordeste desde o início de setembro chegaram nesta quinta-feira, 24, à praia de Canoa Quebrada, em Aracati, um dos principais destinos turístico do Ceará.
De acordo com a prefeitura, o óleo cru foi visto por moradores em diversos pontos da praia e recolhido por voluntários e membros da Marinha.
O último boletim divulgado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) aponta que as manchas de óleo chegaram a 88 municípios e 233 localidades do litoral do Nordeste.
- Pernambucanas oferece ingresso para Mufasa: O Rei Leão, com nova coleção em parceria com a Disney
- Cientistas revelam possível causa para o surgimento do Parkinson
- São Caetano inaugura parque linear na Kennedy e entrega Cidade das Crianças revitalizada
- Viajar sozinha no Brasil: 3 lugares para uma experiência transformadora
Leia mais: TURISTA PODE CANCELAR PACOTE PARA REGIÕES AFETAS POR ÓLEO SEM MULTA
Pernambuco
O óleo de origem ainda desconhecida também voltou a aparecer no litoral de Pernambuco nesta quarta.
Além das praias de Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, e da Praia do Janga, em Paulista, foi confirmada a presença de porções de resíduos na Ilha do Amor, em Cabo de Santo Agostinho e na praia de Pau Amarelo, também em Paulista.
Abrolhos
Na terça-feira, as manchas de óleo estavam próximas de Abrolhos, no sul da Bahia.
Protegidos pelo Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, o arquipélago abriga os bancos de corais de maior diversidade do Atlântico Sul
No fim de semana, o óleo também foi avistado nos nas praias de Ilhéus e Itacaré, no sul do estado.
Origem do óleo
Pesquisadores do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe/UFRJ acreditam que o ponto de origem do despejo de óleo que polui a costa do Nordeste esteja em uma área entre 600 km e 700 km da costa brasileira, numa faixa de latitude com centro na fronteira entre Sergipe e Alagoas.
O trabalho foi realizado por meio de imagem de satélite, computação de alto desempenho e modelo matemático.
A área apontada fica em águas internacionais. Segundo o professor Luiz Landau, coordenador do laboratório da Coppe, essa parte da análise já foi entregue às Forças Armadas.
Até agora já foram recolhidas mais de 1 mil toneladas de resíduos das praias do Nordeste.