Panamá quer ser destino final para turistas brasileiros
Conhecido como opção de parada na Cidade do Panamá, para compras e visita ao canal, país busca mostrar suas belezas naturais e culturais
O Panamá sonha com turistas brasileiros tirando férias no país, para compras e visita ao famoso canal sem dúvida, mas também como destino final, para conhecer suas belezas naturais e culturais. O desejo da comitiva presente à World Travel Market Latin America (WTM), feira do setor de turismo, realizada de 5 a 7 de abril em São Paulo, é de que os viajantes daqui não encarem o destino no centro das Américas apenas como escala de rotas aéreas mais longas, especialmente para os Estados Unidos.
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Oferecido a quem voa pela Copa Airlines, o stopover de até 7 dias na Cidade do Panamá segue como uma boa oportunidade de conhecer um pouco da capital panamenha e províncias próximas, afirma Luciana Kramer, gerente de vendas do Visit Panama, órgão oficial de divulgação turística. “O stopover é uma ferramenta para fazer o brasileiro tomar gosto pelo Panamá e pensar em escolhê-lo como próximo destino de férias”, diz a brasileira, que mora há duas décadas no país da América Latina.
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Segundo Luciana, uma viagem para o Panamá completa dura entre 10 e 12 dias. O país é pequeno, mas cheio de atrações turísticas que mesclam natureza e vida cultural, sobretudo as heranças indígenas, afro-caribenhas e o legado da colonização espanhola.
“Somos mais do que o Canal do Panamá”, alerta Luciana ao falar da obra monumental que liga os oceanos Atlântico e Pacífico por meio do Mar do Caribe, responsável por facilitar o comércio internacional por meio de navios. “O Panamá é o centro da América. Tem uma cidade muito ativa, cosmopolita, mas também é o encontro de culturas ancestrais, que mescla modernidade e tradição. Temos selvas, praias, os dois oceanos, um país maravilhoso para que vocês possam explorar e conhecer.”
O que o turista pode ver no Panamá
Durante a feira em São Paulo, o Panamá apresentou seu plano de desenvolvimento do turismo sustentável, baseado em três segmentos. Do chamado patrimônio cultural fazem parte não só o famoso canal como também a ferrovia interoceânica, um trem de luxo com vagão panorâmico que percorre 80 km entre o Atlântico e o Pacífico. Já o patrimônio verde do Panamá é produto de sua formação natural, ocorrida cerca de 3 milhões de anos atrás e que resultou em uma extensa biodiversidade, encontrada em locais como a reserva de Barro Colorado, a floresta tropical mais estudada do mundo. As rotas do patrimônio azul exploram a vida marinha da região, oferecendo da observação de baleias perto do Parque Nacional de Coiba (Patrimônio da Unesco) à visita ao projeto de preservação de tartarugas do Pacífico, e ainda as descobertas feitas em meio ao azul turquesa de Bocas del Toro, paraíso para o surfe no Caribe.
Apesar de muitas possibilidades, o Panamá não quer se transformar em um destino de massa. De acordo com Fernando Fondevila, diretor geral do Visit Panama, o país busca visitantes dispostos a apreciar e a ajudar a preservar suas riquezas. Ele ressalta também a importância do turismo na manutenção das comunidades locais e indígenas, este último grupo responsável por administrar 24% do território panamenho. “Mais importante do que o impacto econômico é o legado social. Viajar não para escapar da vida, mas para que a vida não nos escape.”
Por Fernando Victorino
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