Parque Nacional Serra da Capivara, maior sítio arqueológico brasileiro, possui diversas curiosidades e mistérios
Conheça o Parque Nacional Serra da Capivara, que fica no Piauí e foi construído em 1979
Você já ouviu falar do Parque Nacional Serra da Capivara? Localizado em São Raimundo Nonato, no estado do Piauí, esse é o maior sítio arqueológico do país e possui cerca de 130.000 hectares.
Dessa forma, os visitantes têm acesso a uma paisagem exuberante e diversas artes rupestres históricas. Assim, o lugar é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
Te contamos algumas curiosidades e mistérios sobre o Parque Nacional Serra da Capivara que irão te surpreender.
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Criação do Parque Nacional Serra da Capivara
O Parque Nacional Serra da Capivara foi criado em 5 de junho de 1979, após a arqueóloga Niède Guidon chegar à região e mudar o que até então se sabia sobre a presença humana no continente americano.
Desse modo, após anos de pesquisas e escavações, a arqueóloga e sua equipe encontraram vestígios que confirmam que pessoas viveram na região há mais de 50 mil anos. Assim, a descoberta contraria a teoria de que teriam chegado ao continente americano há aproximadamente 14 mil anos.
Além disso, o lugar é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e foi declarado patrimônio cultural da humanidade pela Unesco, em 1991, por seu valor cultural e histórico.
Maior sítio arqueológico do Brasil
O maior motivo da presença de visitantes, pesquisadores e historiadores no Parque Nacional Serra da Capivara são os sítios arqueológicos e as pinturas rupestres.
Dessa maneira, os desenhos abordam uma grande variedade de formas, cores e temas. Portanto foram registrados abrigos sob rocha pintados com cenas de caça, sexo, guerra e diversos retratos da vida cotidiana e do universo simbólico dos seus autores.
Assim, é possível passar por lugares como o Desfiladeiro da Capivara, a Toca da Entrada do Pajaú e a Toca do Paraguaio, primeiro sítio a ser catalogado pelos pesquisadores, onde foram encontrados dois esqueletos com datação de 7.000 e outro de 8.670 anos.
Até o ano de 2018, foram registrados mais de mil sítios com pinturas e gravuras rupestres pré-históricas no Parque Nacional Serra da Capivara, maior concentração de sítios arqueológicos das Américas. Assim, tem mais de seiscentos sítios arqueológicos com pinturas rupestres e cerca de 170 abertos a visitação.
Com isso, ao longo de diversas trilhas, além de monumentos geológicos e de vistas panorâmicas, é possível encontrar tesouros. Nessa lista estão pedaços de cerâmicas de quase nove mil anos e as casas de antigos maniçobeiros que habitaram o lugar até meados do século XX.
Também vale a visita
O Parque Nacional da Serra da Capivara possui outros circuitos, como Serra Branca e Sítio do Meio. Além do Boqueirão da Pedra Furada, o local mais visitado pelos turistas. Assim, é possível contemplar a famosa Pedra Furada, monumento geológico e cartão-postal do parque.
Além disso, outro passeio no Parque Nacional Serra da Capivara que vale a pena, é a ida noturna ao Sítio Toca do Boqueirão da Pedra Furada, um paredão com mais de mil pinturas. Lá foi encontrado o vestígio mais antigo, até hoje, da presença do homem no Continente Americano (50.000 anos).
Museu do Homem Americano
O Museu do Homem Americano, é um dos lugares mais interessantes para quem quer entender mais sobre a história do ser humano no continente. Assim, o lugar tem como propósito divulgar a importância do patrimônio cultural deixado pelos povos pré-históricos na Serra da Capivara.
Dessa forma, a exposição apresenta os resultados de mais de quatro décadas de pesquisas no Parque Nacional Serra da Capivara. Assim, mostra a evolução dos hominídeos e a amostra das teorias sobre o povoamento da América. Em seguida, são abordados aspectos da vida do Homo sapiens na região durante o Pleistoceno e o Holoceno.
Além disso, também é possível conhecer a história da escavação arqueológica do sítio do Boqueirão da Pedra Furada, que revelou a presença humana na região desde o Pleistoceno. Também são exibidos instrumentos pré-históricos, esqueletos e urnas funerárias.
O museu ainda conta com ossos, imagens desenhadas e a descrição da megafauna que viveu na região. Para encerrar, a exposição traz amostras da biodiversidade atual.