Pelados na chuva: um mico em 6 atos

O casal Mariana e Edison, junto com pequeno Chico, do blog The Veigas, já participou de aventuras em 18 países. Atualmente, eles moram em Milão. No texto abaixo eles contam alguns micos por suas andanças pelo mundo.

Como ir do nada a lugar nenhum. De ônibus. Sem um roteiro. Na chuva

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1 – A brilhante ideia

Agosto é verão no hemisfério Norte e uma praiazinha sempre cai bem. Ou quase sempre. Estávamos com o Chico na Noruega e a população já tinha decretado a chegada do outono –os dias andavam feios, chuvosos e mais frios. Mas como nem sempre o turista é uma criatura racional, resolvemos ir à praia. Uma praia nudista, para sermos mais precisos.

(Aqui cabe uma explicação: quando possível, gostamos de praticar o naturismo, uma atividade saudável, sem qualquer malícia e que já nos rendeu grande amigos e uma incrível sensação de liberdade. Sempre que viajamos tentamos conhecer alguma praia nudista, mesmo que passemos micos como esses aqui).

2 – Como ir do nada a lugar nenhum

Seria esta uma indicação para praia? Nem o Google Tradutor soube dizer

Estávamos em Bergen quando lemos sobre essa praia na internet. Parecia ser relativamente próxima. Pegamos os horários do ônibus e saímos, contando com o GPS do celular para nos indicar onde descer.

No ponto final, percebemos que o serviço de localização havia travado. E que estávamos bem adiante do nosso destino. Pedimos ajuda para o motorista, que informou onde deveríamos ter descido e, educadamente, não deixou de comentar que tínhamos feito um trajeto bem maior do que aquele previsto no valor do bilhete que havíamos comprado. Envergonhados e no meio do nada, sem lugar para comprar um novo tíquete, pedimos carona até o lugar certo.

Mas ainda estávamos longe da praia, com fome, sob uma garoa inconveniente e os menos de 15ºC nos fazendo questionar se estar ali era realmente uma boa ideia.

OK, não era uma boa ideia. Mas já estávamos quase lá. O problema era que a esse quase lá não se chegava de ônibus.

3 – Como ir de lugar nenhum ao fim do mundo

Tentamos andar os últimos dois quilômetros pela beira da estrada, que não tinha acostamento. Quando uma van passou tirando fina, desistimos de tentar passar ali a pé.

Inspirados por toda nossa vasta bagagem de filmes americanos, botamos o polegar para o lado e começamos a pedir carona. A empreitada não foi muito bem-vista pelos locais, que buzinavam e reclamavam. No desespero, nos jogamos na frente de um carro que estava manobrando e pedimos ajuda. Uma senhora simpática, com o neto no banco de trás, levou a gente até a entrada da “praia”.

Leia o texto completo em The Veigas