10 restaurantes típicos em SP para entrar no clima da Copa
Da Argentina à Nigéria, capital paulista tem muitas opções de comidas e lugares para ver os jogos
Até o dia 15 de julho, o mundo todo estará voltado para a Copa da Rússia. Em São Paulo, uma das capitais mais cosmopolitas do mundo, já se acostumou a assistir o torneio não apenas entre os amigos em um bar ou em casa, mas também entre as várias comunidades estrangeiras que vivem na metrópole.
Em 2014, quando a Copa foi organizada no Brasil, os restaurantes típicos de São Paulo se tornaram pontos de encontro das torcidas presentes: os colombianos iam ao Conexión Caribe, na Vila Madalena, após os jogos, os chilenos comiam no El Guatón, em Pinheiros, e o centro se tornou um espaço de confluência entre os turistas que vinham ver os jogos de suas seleções.
A tendência segue neste ano em São Paulo: a seguir, indicamos 10 opções para ver os jogos, conhecer novos lugares ou ter uma aula de gastronomia baseada nos países que estão disputando o torneio mais importante do futebol em território russo.
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Moocaires (Argentina)
Apaixonado pelo Boca Juniors e por Maradona, o argentino Cristian Galarz não considera um desafio ter aberto um restaurante típico do seu país na Mooca, tradicional reduto italiano em São Paulo.
Na Argentina, a diáspora vinda da Itália foi tão grande quanto a que chegou à metrópole brasileira no começo do século 20. No menu, os clássicos argentinos estão todos presentes, mas as empanadas são o carro-chefe da casa. Durante o Mundial, a pequena comunidade argentina em São Paulo costuma se reunir lá para ver os jogos e comer um asado.
Onde: Rua Da Mooca, 3.593 – Mooca
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De La Paix (França)
Os bistrôs franceses ganharam a cidade na última década pelo charme dos estabelecimentos e pela novidade de pratos como o filet au poivre e o confit. Apesar de alguns mais famosos, como o Le Jazz Brasserie, o De La Paix, escondido na rua Tupi, perto do estádio do Pacaembu, revive toda a experiência da França: da música ambiente ao prato, da fachada ao vinho, do charme às sobremesas.
Onde: Rua Tupi, 844 – Santa Cecília
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Rinconcito Peruano (Peru)
Quem ia ao Rinconcito Peruano há uma década e encontrava um pequeno restaurante no centro ainda sem acabamento nas paredes e frequentado apenas por migrantes peruanos em São Paulo se surpreende quando visita o local hoje. O proprietário Edgar Villar não apenas triplicou o tamanho da casa, como expandiu o negócio para outros pontos da cidade.
O carro-chefe é o ceviche, mas não deixe de experimentar a tradicional chicha morada. Em época de Copa, vai ser um ponto de encontro dos peruanos na capital paulista.
Onde: Rua Aurora, 451 – Santa Ifigênia
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La Gorgona (Colômbia)
Quem estiver pelos lados da rua Augusta tem pelo menos duas alternativas para experimentar as iguarias da cozinha colombiana: na altura do número 1291, há o Macondo Raízes Colombianas, um food truck que oferece as tradicionais arepas, mas descendo em direção ao Baixo Augusta há o La Gorgona, um bar tocado por três amigos colombianos que tem no menu desde os patacones até as famosas arepas em formato de sanduíche.
Apesar de receber o público eclético da Augusta, deve concentrar os animados colombianos durante os jogos do Mundial da Rússia.
Onde: Rua São Miguel, 22 – Bela Vista
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Los Molinos (Espanha)
Apesar de tradicional estabelecimento da cidade, o Los Molinos foi recentemente recontextualizado pela sua participação no programa “Pesadelo na Cozinha”, do chef francês Erick Jacquin. Desde então, dizem os proprietários, o restaurante voltou a ser frequentado. Hoje, só se come no Los Molinos com reserva antecipada.
O carro-chefe, porém, segue sendo a paella, cuja receita valenciana inclui frango e porco, mas há também opções como o bacalhau espanhol e o badejo ao molho de camarão. Não deve ter nenhum evento exclusivo para os jogos da Fúria na Copa.
Onde: Rua Vasconcelos Drumond, 526 – Vila Monumento
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Tanger (Marrocos)
Apesar de parecer pequeno por fora, o Tanger, na Vila Madalena, tem vários ambientes diferentes no interior, todos inspirados na arquitetura marroquina. Há também uma coleção de artigos do país posta ao lado das mesas, o que permite ao cliente comer enquanto observa os itens, que vão de pratos até tapeçarias.
Um dos pratos mais pedidos é o cordeiro desfiado com purê de abóbora, chamado de “Desarrumadinho do Tanger”, mas há também o espaguete de espinafre com merguez que traz uma linguiça de cordeiro apimentada. Para a sobremesa, a dica é o Corne de Gazelle, uma massa recheada com marzipan e essência de flor de laranjeira.
Onde: Rua Fradique Coutinho, 1.664 – Vila Madalena
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Komah (Coreia do Sul)
A imigração sul-coreana para São Paulo começou nos anos 1970, cresceu duas décadas depois e hoje é parte do cosmopolitismo da cidade. Apesar da maioria da comunidade viver entre os bairros da Liberdade e do Bom Retiro, no centro, onde estão os restaurantes frequentados pelos nativos, há algumas opções que atraem os brasileiros mais curiosos.
Um deles é o Komah, na Barra Funda. Aberto há alguns anos pelo chef Paulo Shin, ali se pode comer desde o Kimchii Bokumbap (arroz com Kimchii e caldo de frango e porco) até o Yukhoe, uma carne típica do país. Filho de imigrantes sul-coreanos, Shin deve receber alguns amigos para os jogos da seleção vermelha no Mundial.
Onde: Rua Cônego Vicente Miguel Marino, 378 – Barra Funda
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Biyou’Z (Nigéria e Senegal)
Apesar de tocado por uma camaronesa, a simpática Melanito Biyouha, o Biyou’Z tem como objetivo apresentar as culturas africanas a uma cidade que, apesar de receber muitos imigrantes do continente, tem poucas casas típicas no seu circuito gastronômico.
Por isso, o Biyou’Z oferece pratos de Senegal e Nigéria (ambos países disputando a Copa), do Congo, de Angola, da Tanzânia e, claro, de Camarões. Entre eles, o Tiep –que tem arroz, carne, cenoura, repolho, batata doce e mandioca– e o Fumbua –amendoim torrado com azeite de dendê.
Onde: Alameda Barão de Limeira, 19 – Campos Elíseos
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Fast Berlin (Alemanha)
Quem chega ao Fast Berlin, em Pinheiros, imagina que ali funciona mais um dos vários bares da região. De fato, o chopp é um dos chamativos do estabelecimento, mas seu forte são as comidas de rua de Berlim, capital alemã. “Quem já viajou para lá entende o quão incrível é a ideia”, conta o advogado Vitor Idoe. “São as comidinhas que a gente compra em qualquer esquina de Berlim”, completa.
Entre elas, o Kartoffelpuffer, três panquequinhas disformes de batata e cebola com requeijão por cima em vez, o Crazy Eisbein, uma coxinha recheada de joelho de porco, e o Currywurst, um tradicional salsichão ao molho curry acompanhado de batata frita e maionese.
Onde: Rua Mourato Coelho, 24 – Pinheiros
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Bônus: Nostrôvia (Rússia)
Não existem restaurantes russos em São Paulo, mas quem quiser comer os pratos do país sede do Mundial de futebol tem uma opção interessante: o Nostrôvia, tocado por Olga Vereski, filha de russos e que faz pratos típicos aprendidos com a avó para entregas.
Os pedidos são coletados por telefone por ela mesma e, entre as receitas, estão o Pelmeni de Carne (pastéis recheados de carne bovina temperada) e o Varênique de Batata, uma espécie de ravioli russo. No site do Nostrôvia, Vereski ainda disponibiliza a receita dos pratos para o cliente tentar repeti-los em casa.
Tel.: (11) 3777-9044 ou (11) 94933-3231
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